I
Não há muita coisa a ser dita, se alguém de mim espera alguma mágica resposta.
Se ainda lhe interessam,
Seria como arrancar um dente:
Cada segundo passado:
uma dor menor é
uma lembrança a menos.
Realidade se necessária:
Fica aquela da época que brindávamos juntos.
Por dias e por anos.
Dói mais do que qualquer perdido
Amor vulgar que tive.
Pois se não vulgar,
Então amor teria sido
e nem senão o sofreria por nada como agora.
Que dor cliché!
Tento ser Machado.
Convencer o coração,
Seduzir pelo ridículo
Da própria solidão
Tão mesquinha e
Tão conveniente.
Não tenho seu talento.
Porém tenho sua burrice.
Quero entreter com a Verdade.
Fazer dela o tesão.
Deleitariam – se então com cada novo desdobramento da descoberta.
Engano – me.
Isso estranhamente,
Em minhas digressões cada vez mais patéticas,
Expurga minha falta de sentimento.
Ou talvez minha vidência legítima de coração:
Eu sempre soube.
II
Passado a raiva,
Sobra a falta.
No sua grandeza fica a vontade de não ter feito.
O que somos pra nós mesmos,
Além de uma retórica eterna?
O patético vazio que sentimos
Qualquer desejo novo vai suprir.
Nos satisfaremos nessa variedade de sentimentos coloridos.
Vampiros!
Mas de quem gostamos de verdade?
Isso não é um teatro ou
Um novo tema de debate.
Isso é motivo de Vida,
De sofrimento.
De Morte.
Sê com coragem,
De Felicidade.
E diga lá:
Onde esteves quando chorei?
Onde estive quando me chamou?

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