Dois dias sem maconha
Chapter 1
Jonas
O fogo queima.
O fogo da paixão
Queima e
Deixa - me cinza.
Cinza,
Sujo e sufocado.
O fogo da ilusão
também
Deixa - me cinza,
E marrom.
E alienado.
Questionador e
Sem razão.
Quem sou tu e eu?
Se quem sou eu
É sim um naco de tu?
Aquela penumbra
Ocre cheirosa.
Aquele nada gostoso.
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Se cá estou,
Feliz de quem me queira.
O sonho do perdido
Sempre será ser
O encontrado.
O resgatado e
Salvo.
Oh!
O imaculado imantado.
Estou seco.
Nada sinto além de mim
Em luta diária da libertação
De mim da solidão.
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Meu coração não bate.
Não há emoção.
Não há tristeza.
Não há raiva.
Não há vergonha.
Não há tesão.
Não há vergonha,
Oh! novamente o
Não-infiel.
Que haja eu
Apenas
Então.
Nu.
Fenomenal.
No vácuo.
No vazio.
Estaria
A mim servindo e
Nem me julgando.
Saboreando cada gota de mim.
Cada suor.
Cada lágrima.
Cada temor.
Sísifo
Não posso ser apenas esquecimento.
Impossivel!
Tenho também a ilusão.
Sou vários amores e
Preciso de uma renovação.
Flutuando sobre a Terra
Quase tocando a si mesmo.
Trazendo de volta a alma voadora
E com esse peso que ali falta,
O chão da vida possa tocar.
Preciso aceitar o Infinito.
Não há nada mais por aí.
Farto estou de vergonhas inúteis.
Sonhos perdidos.
Está na hora do meu brilho.
Do meu perdão.
Que triste caminho sozinho
Procurando ninguém
Aqui ou por ali.
Visões e sombras.
A projeção e
Validação.
A velha amiga
A Solidão.
Não queria, mas sinto.
Lamento.
Minto e invento.
Só assim vivo
Este lento falecer.
Meu carinho.
Um simples sopro de um vazio.
Cosima
E não vou desculpar - me
Pelo meu coração.
Qualquer coisa de perdão
Não se vai existir
Sem senão.
Cansado de nada
Pensar não-ter.
Sonhos cansados.
Marcados.
Mal - lembrados.
Repetições.
Delírios.
Fomes e
Discussões.
Desejos velhos, apodrecidos.
Mal pretendidos e executados.
Esquecidos
No afã do bom-Destino.
Sempre sinto o interesse que não há.
Monólogo.
Sem troca.
E mesmo que eu sinta
Lá saberei o que
Tudo não que há!
Não existe.
Não se sabe
E nem se vê.
Kramer
O Amor não é para todos.
Lamento lembrá - los,
Mas também aqui há
A ignorada luta de nossa
Esquecida classe.
Quem me dera…
Que antes dos fins dos tempos
De todos os tempos
Dos meus tempos
Visse eu ali um dia e
Antes menos que um dia,
O brilho de seu olhar,
Meu Amor!
Anjo de pavor.
Horror de de um Amor.
Elliot
Se vou pra lá; quanto drama
Se venho pra cá; quanto nada
Se sonho mais agora;
Choro menos
Depois de acordar.
E olha se não!
Você se indo na penumbra da gostosa ilusão
Da renúncia involuntária.
E menos você se desfez,
Perdão.
Derreteu.
Apagou.
Queimou tudo.
E patético de joelhos
Apelo à flores, a anjos
E emoções.
E qual patético sou eu sem sentimentos.
Vazio como sou.
E sem pensar se vou lhe encontrar.
Ver a borra do seu rosto,
Oh! na penumbra!
Tão cafona e necessário
És quanto eu aqui.
E agora.
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