Dois dias sem maconha

 

 Chapter 1




                     


Jonas


O fogo queima.



O fogo da paixão

Queima e

Deixa - me cinza.

 

Cinza, 

Sujo e sufocado.

 


O fogo da ilusão

também 

Deixa - me cinza, 

E marrom.

 

E alienado.

Questionador e

Sem razão.

 
 

Quem sou tu e eu?

Se quem sou eu 

É sim um naco de tu?




Aquela penumbra

Ocre cheirosa.

Aquele nada gostoso.




_________________________




Se cá estou,

Feliz de quem me queira.



O sonho do perdido

Sempre será ser

O encontrado.


O resgatado e

Salvo.

Oh!

O imaculado imantado.



Estou seco.


Nada sinto além de mim

Em luta diária da libertação

De mim da solidão.


__________________________





Meu coração não bate.


Não há emoção.

Não há tristeza.

Não há raiva.

Não há vergonha.




Não há avaria.

Não há tesão.



Não há vergonha,

Oh! novamente o

Não-infiel.


Que haja eu 

Apenas

Então.


Nu.

Fenomenal.

No vácuo.


No vazio.



Estaria 

A mim servindo e 

Nem me julgando.



Saboreando cada gota de mim.





Cada suor.

Cada lágrima.

Cada temor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




Sísifo 

 

 

 

Não posso ser apenas esquecimento.

 

Impossivel!

 

Tenho também a ilusão.

Sou vários amores e 

Preciso de uma renovação.




Flutuando sobre a Terra

Quase tocando a si mesmo.

Trazendo de volta a alma voadora

E com esse peso que ali falta,

O chão da vida possa tocar.



Preciso aceitar o Infinito.

Não há nada mais por aí.

Farto estou de vergonhas inúteis.

Sonhos perdidos.


Está na hora do meu brilho.


Do meu perdão.





Que triste caminho sozinho

Procurando ninguém

Aqui ou por ali.


Visões e sombras.

A projeção e

Validação.

A velha amiga 

A Solidão.



Não queria, mas sinto.

Lamento. 

Minto e invento.

Só assim vivo

Este lento falecer.




Meu carinho.

 

 

Um simples sopro de um vazio.

 

 

 

 

 

 

 



Cosima


 

 

 

E não vou desculpar - me

Pelo meu coração.


Qualquer coisa de perdão

Não se vai existir

Sem senão.



Cansado de nada 

Pensar não-ter.

Sonhos cansados.

Marcados.

Mal - lembrados.


Repetições.

Delírios.

Fomes e


Discussões.




Desejos velhos, apodrecidos.

Mal pretendidos e executados.

Esquecidos

No afã do bom-Destino.






Sempre sinto o interesse que não há.

Monólogo.


Sem troca.



E mesmo que eu sinta

Lá saberei o que 

Tudo não que há!


Não existe.



Não se sabe

E nem se vê.

 

 

 

 

 


 

 

Kramer 

 

 

 

 

O Amor não é para todos.


Lamento lembrá - los,

Mas também aqui há 

A ignorada luta de nossa

Esquecida classe.



Quem me dera… 

Que antes dos fins dos tempos

De todos os tempos 

Dos meus tempos


Visse eu ali um dia e

Antes menos que um dia,

O brilho de seu olhar,

 

Meu Amor! 


Anjo de pavor.

Horror de de um Amor.

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 Elliot

 

 

 

 

 

 

Se vou pra lá; quanto drama

Se venho pra cá; quanto nada



Se sonho mais agora;

Choro menos

Depois de acordar.



E olha se não!


Você se indo na penumbra da gostosa ilusão

Da renúncia involuntária.


E menos você se desfez,

Perdão.


Derreteu.

Apagou.

Queimou tudo.


E patético de joelhos

Apelo à flores, a anjos

E emoções.


E qual patético sou eu sem sentimentos.

Vazio como sou.

E sem pensar se vou lhe encontrar.






Ver a borra do seu rosto, 

Oh! na penumbra!

Tão cafona e necessário

És quanto eu aqui.


E agora.

Comentários

Postagens mais visitadas