terça-feira, 25 de agosto de 2015

O Lembrete do lembrete.





Sinto a minha Fé como um topor!
Comprimida, sem ar.
Suspensa.

Sofrida na alma.
Pesada no coração.

Não era pra ser assim;
Era pra ser fluída
Um riacho no domingo à tardezinha.
Lá, não lembram...
No fundo das roças de minha infância.

Queria nada da vida ali.
Era tão bom.
Perfeito lugares verdes.
Poeira vermelha na cara.

Ia sempre à frente, brincando com o vento.
Sem pensar em futuro.
Simples, sem afobação.
Não pelo tempo que era longo ainda,
antes pelo amanhã que acreditava existir.

Tão mecânico.
Tão divino.

Em minha lembrança mais remota
Estou só.
Eu me basto, não sou um iludido clássico.
Porém sinto a vontade latente do meu mundo.
A angústia por não se adequar ao padrão vigente.
Sempre recorrente.

Não fujam da estória, meus íntimos.
Não neguem a  subserviência que grita a cada rejeição.
O engano mora na escolha sua de quem leva o galardão da obediência.
E prometo:
A daremos sempre a quem não merece.
Justifica os pecados íntimos.
Acoita as faltas com os próximos.

É a liberdade do miserável.


Pobre de mim, então seria.
Se tudo não fosse mentira.
Covardia!
Prognóstico da vergonha!


E qual esse final sem tempero?

Não!
Por toda carga que carregas,
Delicadeza pra si
Seria o mínimo de descanso.


E nisso decido então falar.
O que mais temos?

Esconder os afrontes em metáforas baratas.
Conversar com a lua cheia, sentir seu poder.

Ou num sonho,
Olhar dentro dos seus olhos,
Num bar, com música velha tocando.

Uma dose...
Tons de vermelho...

E não sentir medo.
Aceitar não quem somos,
Pois isso acho que não queres admitir.
Mas ao menos aceitar o que sentimos.




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