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12 de julho de 20**.
Era raiva dos pés molhados e bati o portão sem querer; lá vem já Ela questionar:
“Foi mal, escapou…”
Seria mais um final de dia se não ouvisse então um miado! Lá estava: um gato! Uma gata para ser mais exato.
Veio então minha subjetividade pratica e ja tive como um ensinamento primário de uma disciplina a conquista do bichano.
Pus - me então a tal empreitada.
Parada em minha frente e arisca como todo felino, só pude o obvio: comida. Dei um pouco de leite e tentei um carinho. Foi embora.
“Não voltas como todo mundo”
Lua seguinte e Ela chega toda pomposa com a ingrata no colo,
“ Veja quem foi la na praça me ver…”
Soa proposital e humilhante.
Reduzo minha expectativa de amizade pela peluda à espera. Um padrão medroso que já conheço e não fujo.
Dias depois ela volta.
Estou sozinho e com um lata de sardinha em molho na geladeira.
Foi perfeito: servi acompanhado de um pãozinho ao leite como sobremesa.
Não teve como: cativei
Hoje seus olhos vermelhos acompanham - me toda madrugada.
Espera - me como uma amiga. Alguém que já se foi.
Ou como já começo a divagar: você tentando se fazer presente em minha vida!
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22 de outubro de 201*.
Hoje
não quero falar.
Quero
fugir até a ponta da piscina.
Correr
sobre as águas, numa paródia divina.
Ou
ficar aqui e enfrentar a opressão.
Apelo.
Queria
um meio termo.
Um
paliativo pra aguentar a doença.
Digam
que lá, já não o tenha.
A noia
se adapta e
Cresce
sob a falsidade.
Palavra
fraca.
Sem
resumo.
Perco
em mim a mim mesmo.
Mergulhado
no lúmen de questões básicas
Qual
noia? Não ha mais
Isso
que me deixa estranho agora.
Não
acho modulo da pergunta
Não ha
questões
Não ha
mais nada
Apenas
a porta.
Trancada
pela coragem do desconhecido
Não
quero ser tao ridículo
Quero
ser homem,
aquele
dos livros.
Sem
medo de nada e sempre apaixonado.
Não
quero escrever nada.
Quero
um sorvete de morango
Um Amor
na pedra,
Fatiado
e ao ponto
…esqueci
que é sem demora,
sera
que a mocinha ouviu?
Um amor
na pedra, meu bombom,
Ela não
vai saber pedir, vamos no caixa depois
La tem
docinhos de afetos cozidos,
Serve
pras meninas.
O amor
se não vier ao ponto,
devolvemos
e pedimos no delivery.
Chega
bom, quentinho,
Embalado
e pronto para o consumo.
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30 de julho de 19*9
Falta –
me Amor, sem dúvidas.
Não
sei onde se esconde.
Onde
encontrá – lo.
Se ele
virá, nem mais faço conta.
Cadê?
Faz
tantos anos... .
Minha
estranheza não compensa minha solidão.
Há
muita bizarrice sendo compartilhada.
Não
incomodam – me, os perdidos,
Afinal.
Talvez lá estão pelo mesmo fim que eu:
Encontrar
seu par do mundo.
Ou
seriam então todos mentirosos?
Os
felizes de plantão.
Ninguém
ama de verdade?
Apenas
cafés, contas a pagar e histórias hiperbólicas.
Narradas
em mesas de churrascos, lá pelas madrugadas.
Onde as
mentiras são tudo que resta.
Daí
sou aquele ali do canto da mesa.
Pernas
cruzadas, numa herança corporal de meu pai,
Soa
blasé, sem compromisso.
Quase
arrogante,
Ouço
admirado a narrativa do amor,
Fumando
e querendo encher meu copo.
E
trocar de música.
Algo
agitado que espante esse romantismo desconhecido
...Nos
damos super bem...
Frase
solta da dama e me vem uma lembrança,
Uma
companhia...
Sempre
sozinho...
No
sonho da poesia
Alguém
faz – me um elogio.
Não me
afago:
Soa
como apontamento:
Você é
isso e não tem alguém.
Sofro
por não ter coisa maior a fazer.
Cansa
me essa melancolia.
Mas o
assunto é amor e não minha invisibilidade.
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29 de fevereiro de 20**
Uma
indagação sem fim, sem razão.
Sem
inicio e sem direção.
digo
agora.
no
roupante da próxima justificativa
Não,
nunca será justo
um
desejo sem perdão.
Ver
você na esquina e
Imaginar
o que eu quero,
Apenas.
Tão
sozinho.
Tão
precisando de mim.
Engano
- me.
Impossível
ser assim.
Sequer
pensas em mim
E seus
olhos, vi apenas uma vez.
Lhe
tenho medo,
discretamente,
pelo desejo sem fim.
Não
posso!
Sempre
de costas, nenhum contato.
Entendo.
Claro!
Mas se
não for assim,
então
estou errado?
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27 de janeiro 19*4
E não
foi que de supetão,
Meu
antigo amigo
Superou
se.
Bastou
- lhe a liberdade, umas doses de loucura e
Já lhe
expuseram a mesa dos prazeres.
Tenho
inveja.
Não a
fantasiosa branca,
Nem a
de morte.
Exatamente
igual em satisfação.
Tanto
também em sem noção
Fico
orgulhoso oras!
Não me
vejam vocês, assim,
Tão
perverso.
È meu
amigo de verdade.
Não
contesto sua felicidade.
Apenas
desejo ter sua liberdade divina.
Aquela
que Ele dá.
Romper
as correntes da pedra gigante que me prende.
Anulá
– la
Explodi
– la.
Sair
sem nada a minha procura.
Encontrar
– me na esquina esperando
A
próxima loucura.
E na
coragem dizer o que espero escutar de mim mesmo:
Ninguém
vai aparecer!
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14 de novembro de 20*6.
E esse
coração sem rumo.
Sem
amor,
Sem
pavor.
Sem
prumo.
Afogado
em mágoas derivadas
De uma
inépcia adquirida no caminho.
Andei
demais, fugindo e
Onde
fui parar?
Está
longo demais meu litigio da solidão.
Vem se
arrastando...
Exigências...
Me
prendendo.
Me
perdendo pelo caminho.
Deixando
partes de mim em garantia do tesouro do amor.
Num
futuro insensível.
Vai
meus braços com uns,
Minhas
pernas com outros.
Oh! Meu
coração!
Não
pude fugir ao desapego;
Já não
tinha mais nada a servir os pedintes de afetos.
Então,
Este
doei ao primeiro mendigo de amor que encontrei
Com
cara bonita.
O levou
pra onde, não sei.
Apenas
o sinto, bater
Descompassado,
a clamar por mim:
Não me
deixes,
Não me
desmereças assim, como um pedaço de carne sem utilidade.
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02 de março de 20**
Nunca quis ser esse reclamão que me tornei.
Entendo minha solidão perfeitamente se acopla - la a esse fator chatice de minha pessoa. Num passado remoto alguem já tinha me alertado sobre essa impressão pedante que passo. Na ocasião, compreendi superficialmente o que estava sendo exposto: achei que fosse apenas o meu vocabulário de livros grossos que incomodava. Afinal, foi o que disse, como argumento, o interpelador.
Dando seguimento no processo de submissão-involuntaria, cedi - me aos encantos de uma linguagem mais popular e consequentemente mais intelegivel. Alcancei resultados modestos: cervejas gratuitas e o posto de conselheiro de bar. Durante a forra e a cada implementação psicológica sobre alguma questão do meu companheiro de mesa era como se minha cultura fosse se esvaindo a cada verbo não flexionado.
A cada palavra evitada.
Não existem sinônimos.
Parece ridículo!
Mas não é!
Cinco anos depois e percebo que não era meu vocabulário pedante ou minha linguagem prolixa que incomodavam os demais, apenas o tal não soube, ou não quis, desabafar que era minha pessoa o foco de disparidade no ambiente.
Não me sinto vangloriado! Passei anos tentando me adequar, sofri num mundo próprio crendo em minha diferença como um fator de desprezo e não…, não era nada disso. Apenas não eramos do mesmo mundo. Isso fica provado pelo fato de no tempo atual eu não mais nem saber por onde andam, nem o tal e nem os que me julgavam pelo meu conhecimento. Como se fosse culpado por saber.
Não era! Se cada um daqueles que julgavam - me pedante sem nem saber o que seria ao certo soubesse como vivia eu em meu mundo particular: minhas dores, os conflitos familiares que enfrentava na ocasião, talvez vissem minha pseudo cultura com outros olhos.
Ou não, humilhariam - me mais.
A realidade fica que sempre tive um espirito curioso, que em meio a traumas, amores e amizades perdidos, guiou - me em busca de uma explicação de minha vida vazia e claro, quem procura, acaba encontrando alguma coisa e eu vi, entendi talvez, (ou não) porem sinto que nada somos e menos ainda levaremos daqui nem um gole de nossas loucuras.
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Laboratorial
Lá vem ela com o papel em punho.
Será meu fim?
Não! Não será!
Diz ,ela, um nome estranho…
E essa agora?
Então sim! será meu fim!
… houve uma divergência…
Arre! Oxê!
Como diz ela assim
Seria?
(Não seria!) Meu fim aquele nome?
Descaso!
Maquina humana!
Reconheço o nome!
Grego, o primeiro.
Latim, divago no segundo.
Que enfado!
Será ou não meu fim!
Se sim, agora então!
Não! Não é meu fim!
No envelope patético,
Escrito a mão, quase vulgar.
Terceira linha, o nome dela:
O ser que em mim habita.
No latim da alcunha
Reconheço agora algo:
Leio Ameba ou Amoeba!
Sim! É isso.
É meu fim.
É Amoeba!
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12 de ju*** de **13
Proclames!
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Um
E vem o dia da melancolia
Sempre vem e sempre me esqueço.
Esqueço de preparar - me, poupar - me.
Prever, ou uma investigação qualquer na intenção de evita - lo.
Não crendo que seja possível.
Surgiu esse de maneira mais astuta, notei.
Manhã fria,
Carteira vazia e zás: lá estamos nos em falta como o algo indefinível.
Não é como antes, (haha!) fúnebre.
Cinza, agora, degrade para branco.
Ouso até sentir paz.
Uma paz suspensa, muda.
Quem pena é o coração.
Miúdo, choro reprimido.
Quero amor - diz em cadencia, num protesto.
Alguem pra me desenvolver.
E eu tento, apenas tento.
Do passado sobra a sensação de largado.
Sozinho.
Qual porta não entrei ainda.
Tenho hoje a chave e a coragem.
Falta - me apenas a oportunidade.
Dois
Peço desculpas!
Enfim - dirão!
Era isso que queriam?
Dignidade humilhada!
Ostracismo revelado.
Não! o mal geral da inconformidade geral.
Onde toda apologia e recusada.
E apenas a hipocrisia é colorida.
Um arco - iris diabólico sem pote de ouro algum.
E sem sequer fim.
Mentir para ser aceito
Forjar padrão social em si.
Doloroso e expõe total falta de tolerância reflexiva
Qual sortilégio executa o o outro.
E qual o amuleto que o anula.
A marca a ferro quente
Três
Para um bêbado conformado.
Para um pós orgástico.
Para um ridículo esnobe:
É fácil viver.
Em comum, tens - lhe a felicidade épica, instantânea e possivelmente infinita.
Existe um paralelo acessível, corriqueiro
onde passeamos em simulacros que nos é facilmente entendidos:
O coitado
O que vai te amedrontar.
O que vai lhe fazer sofrer.
Este, o comum.
O único em realidade própria, única.
A concepção da morte batida e sem futuro
Responde perfeitamente a questão perdida, repetida.
Sou perfeito?
Alguém ferido dirá?
Não me super estimo.
Isolo - me.
E ainda sim, sou feliz.
Sonho e respeito
Espero sim!
Talvez o idiota inesquecível não tenha esquecido do caminho de volta.
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...
28 de dezembro de 2007
Não posso exigir - lhes nada, admito!
Eles somente não podem, não fazem e nem querem ter noção do que lhes peço, ou quase imploro.
Também, claro, não há resposta, e não porque eles não querem, é porque nem sequer sabem do que se trata a questão, oras!
Essa afirmação está e estará dentro de mim.
O sexo tem uma importância enorme em minha "Vida". (Vai assim entre aspas por ela não existir e sim um protótipo da mesma rodar.)
E diga - se de passagem, quem procura essa Fulana?
¬¬¬¬¬¬
09 de janeiro de 2008
Acordei hoje da mesma maneira que os dias passados: tenso e com uma imensa vontade de viver.
O fato patético de ter - me entregado a loucura ferra minha Conexão.
¬¬¬¬¬¬
24 de março de 2008
Então pode?!
Tenho tanto medo.
Faço coisas que estariam certas!
E são certas afinal, mas não consigo sustenta -las. Sempre fico depois com a sensação de um julgamento benéfico perdido.
Mas por que viver sob o julgamento alheio?
Se nem sei se é o melhor!
Minha situação é de completa cegueira.
Vivo sim, por um caminho errado sabendo que sofrimento será a paga, sempre. E ainda assim não quero mudar, é como se provar alguma coisa fosse mais importante que minha própria felicidade.
...e seria essa felicidade mesmo importante?
¬¬¬¬¬¬
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬
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