É sempre um social o baile dos vazios.
Meu mundo vai perdendo as cores.
Uma aquarela de sentimentos.
Claros e quase transparentes.
De novo o que espera de mim esse sorriso?
Vem já a dança dos olhos vazios.
Ah! Quanto tempo inútil passa-se assim!
Largado na dimensão da paixão sentida.
E não existida.
Não estou lá com você,
Nem aqui comigo.
Vou voando, divagando ao vento
Ideias de como para sempre ser.
Ser até o fim.
Uma seta do juízo.
Ser apenas para você gostar de mim.
E fazer - me sofrer
Nessa coisa sem fim.
Penar.
Tentar.
Acertar
E chorar.
Inútil não ter nada,
Pior ter a ilusão!
Busco algo vivo, vermelho.
Sangue da paixão sentida.
Uma seta do juízo.
Coragem seria qualquer hora
Acordar!
Aceitar tudo como o que é:
O nada dos escondidos.
Ali ficam os que somem do Amor.
Esperam um dia feliz, de milagres.
Acordar!
Acordar e levantar!
As sete da manhã, dia chuvinha… .
Sem sentir nada.
Tudo calmo.
O nada dos escondidos.
Dia chuvinha!
Tudo calmo.
Esperando você vir.
O nada dos escondidos.
