quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Calabouço e puff que me abraça!


Sai mais cedo e chovia muito. O bastante pra me seduzir. Todos reclamavam e eu fazia um coro falso à voz vazia de todos. Quando não temos nada há dizer de vemos definitivamente ficar quietos, acho. Impressionante sempre é o assunte que surge em horários de contatos coletivos. De um tipo imortal e irritante, porem indispensáveis para tal envolvimento necessário.  
Mas que chovia! Chovia!
Já quase não ouvia mais nada. A chuva batia no teto do barracão e fazia um barulho rachado. Uma cachoeira, sempre me lembra. Olhei em volta e todos falavam ainda mesmo sabendo que não eram ouvidos. Imaginei em ir - me esgueirando pelos toldos e bares ouvindo a conversa da agua caindo, suas formas e vultos. Mal pensei  e A. me oferece uma carona irrecusável pela situação
Vamos  --  respondi falsamente.
Viemos em quatro: desceu a primeira e quando pus o pé nela pra pular para o  banco da frente:  senti sua força calma, refrescante.
 - Vou ficar a mesmo com a chuva – pensei em dizer.
Contive meu impulso. Pegaria mal. Não tanto assim. Penso. Porem teria que dar explicações desnecessárias.
Fui o próximo. Soube quando desci do carro e eles não iriam me ouvir. O quarto era longe do portão trancado e a cachorra escandalosa não viria hoje latir pra me ajudar. Nem mesmo eu viria. Bati duas vezes e quase senti meus vizinhos íntimos rirem por ninguém vir abrir.
 Ridículo. Vou sentar e esperar. 

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...