Se divagas tu, que
um dia me viste
partindo já
de manhã, sozinho,
com o resto
de um copo, que vou
triste.
Não posso
concordar-lhe.
À mão,
Como companhia:
Copos, latas.
Vinhos e fumos.
Cheiros como amada
minha.
Ainda sim não vou
triste.
Batendo nos portões
de
ruas escuras.
Perdidas.
Onde bares e festas?
Onde a diversão lá
da esquina?
Uma luz fraca.
Penumbra... .
E nem posso dizer
que sofro.
Sentado ao canto
De um lugar ali.
Procurando voraz
com olhos famintos,
agudos.
Algo que me prenda,
me devore.
Me leve daqui a
sentir
O que me falta.
Nunca direi palavra
Perjúrio de culpa.
Perdõo a todos
e mais a mim.
Nao era eu que vias
Não era eu que
sentias.
Pela vergonha do
segredo
De ser um solitário
Caminhante,
peregrino.
Envolvi-me num
casulo feliz.
Colorido como um
unicórnio.
Viver no reinoda
mousse.
Sem regras.
Sem clã.
Livre.
Eu sempre fui livre.
As favas...
Pedirei danças ao
vento.
Decidi ir ali e
voltar.
Decidi me levantar,
bocejar e ir la for a ver as estrelas
Na madrugada.
A Via Lactéa.
Os confins do Inìcio
da Vida.
O Fim da Vida.
Caminhar e ver o Sol
como é forte,
Poderoso,
Intenso e ainda
assim
Um dia também vai
se apagar.
Nada dura o eterno
de nossa vidas.
Desculpem as farsas
passadas,
Os roupantes.
Eram ruins.
Mal representados
Não criticados
Provavelmente não
assistidos.