terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Desnecessário!





Parte 1


Ouviram  - me?
Não...,

Torturam - me!


Não me importa:
Você voltou!




Encontrou - me com cistos de Nossa ilusão amorosa
Gerados pela crença de que você voltaria.


E…


Você voltou.


Ou ouviram  - me?
Ou torturam - me?






Que fazer agora?
Afundar num rastreamento infindável de sua Alma?
Inútil: nunca nos separamos.



Campana no portão?
Cabana e chuva?

O melhor nunca é o mais fácil e nem  o mais aceitável.



















Parte 2



Eu sabia!
Torturam - me!


Como há alguém como eu na face da Terra?


Suas respostas...
Suas perguntas…
Seus desejos…


São tão meus que jamais poderia realizá - los.




Mas tu controlas -  me pelo meu narcisismo.
Amo - te por tu seres eu.



Torturam - me!
E pra que a peleja?

Nem de ti lembravas.


Lembravas, mas não eras mais meu.
Eu sabia.
Voltaste apenas pra atormentar - me, de fato.
Seu medo é ridículo, mas é real.


Você é meu filho gerado pelo meu desejo.

E isso deve ser minha verdade.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Reflexões natalinas #1.











Reconheço - me  em uma foto antiga e  vem - me:
O que hoje sou que nunca fui?
O que sei hoje que nunca soube?


Talvez nada!
Talvez tudo! 


Sempre fui.
Sempre soube.
 
Sempre esqueci.
Sempre errei. 


Estas marcas em minha testa.
 
E esses cabelos de boneca, brancos,
São indicio único 
De que estou morrendo.



A cada dia menos.
A cada dia mais. 
 
 
A cada dia mais.
A cada dia menos. 



Protesto.


Acordarei amanhã sonhando com um dia futuro.
Esperando numa realidade paralela sua realização.
Tudo não passa de uma total incapacidade que eu teimo eu dizer que é Busca.


Mas se isso não for o que é, o que é e será então?


Cadê?
 
O sonho também d
Aquele que dorme
Escondido em qualquer lugar, 
Sem cobertor,
 
Com seu trono da lata.
Julgado por ter fugido de sua Dor.
Nem nós, nem eles temos o que queremos.
Nada difere você daqueles a quem tu desprezas.


Onde?
Hoje vai - se mais um dia na ilusão de uma missão maior.
A minha preguiça atingiu seu status de dádiva.


Nada faço, esperando minha honra.


Honra da Morte!
Honra da Glória!



Honra da Morte da Glória!


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!







Só resta-me,
No altar,
Procurar onde sempre nunca quis.
Lá.
Sempre.
Em minha realidade medíocre.
A resposta que sempre evitei.

Seu vislumbre com deslumbre.
Seu perfume com notas de chorume.
Seu pagamento com.... a chaga.

No coração de quem
nada resta,
a não ser crer.

Acordar e projetar uma realidade aumentada.
Ter sonhado com a fome do mendigo.
E ainda assim,
sorrir sem culpa.

Sacrilégio ou entendimento?

Hoje, por mais não culpa ter,
E não saber,
E querer ter.
Absorvo - as de quem concede-lá-me-ás.

Brotam de qualquer um.
Inerente aos humanos,
O choro pela piedade.

Confesso e entendo agora:
Era apenas isso que procurava:
A confissão da traição de amiga forçada;
O perdão do amigo bêbado da madrugada.
O beijo ganhado sob magia particular.

Nada além de migalhas.
Cão faminto de apego.
Focinhando sentimentos descartados por si.
Do que gosto realmente? - diz quando acorda.

Sou eu
ou o Outro
Agora, isso, defronte espelho:
Sempre a mesma cara.
O mesmo semblante pedante
e ridículo.

Apenas por não ser real.





___________





O poste da esquina me consola.
Já que a complacência das árvores da pracinha me incomodam.
Escravizadas em seu oxigênio puro,
Choram.
Secam.

E alguém vê.

Vê e não se importa.

E senão com elas.
Comigo, oras!
Nem quero sua compaixão refinadamente
enlatada.
à la anos 90.

Renato disse
no meu fone de ouvido
Só pra mim.

Amanhã vou gritar
Sair de amarelo na rua.

Amanhã….

Amanhã vou acreditar em Você
Já que hoje
Condenei - me,
Neguei não três, mas mil vezes
Aquilo que já vivi.



__________




Resta -me agora
O recomeço
Injustiçado por mim.
Levanto - me sem espada e sem capa,
Apenas com a Coragem.






quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Teddy







Se a culpa se põe inerente,
Qual a saída pra nós, humanos?

Sonhei que bastava a fé.
E basta.
E diga -me quem a tem?
Legítima,
Sem demônios?


(Se houver então.
Matarei-me ao fim deste divago.)




Que digo?
Sei que calor nenhum apregoo-lhe,
Deveras vida minha valer  
O pouco, pelo óbvio.


Não há justo sobre a Terra já dizia o Livro.
E retomo.
E nós? Humanos?
Perdidos em nossas escolhas direcionadas.


Ora sistemas.
Ora estratagemas.


Ora ambos.


Ignorantes por consciência,
Enquanto absolutamente nada acontece.
Seguimos confiantes.
Esperançosos no prometido Dia da Glória Vazia.



E Lá estarei,
Por que não estaria?
Por você que riu de minhas chagas?
Não!


Por honra!




Com minha camisa de estampa de abacaxi.
Memorável!
Resgatada lá do sagrado de minha infância.

Era gosto de minha mãe… .
Ao menos em meu pleito seco
Faço-lhe um doce.




De lá, reservo-me o sabor dos sorvetes
Refrescantes, de morango. 
Até hoje….
E dos sonhos… também morango... .
Culpados, agora
de toda minha doçura dispensável.


Gigantes…
Sentávamos eu e minha irmã
Talvez na pracinha que imagino que exista.




Existe.
Compartilhando o único deleite que nem sabíamos que tínhamos direito.

Apenas ali aprendi a lição:
Esperar pelo fim.



Solteirão








Se pudesses,
E talvez possa.
Farias tu, Solidão,
Clara,
Olhos mel: mais mistério que doçura.
Cabelos  negros, soltos… .
Ideais e sem rumo.

Colocada defronte árvore seca
Como seu rosto
Cavado, numa penumbra que apenas acusa,
Nada dizes
e creio que nada pensas.

Vestido rústico branco,
Revestido, já, da relva negra das folhas podres de seu hálito.
Expelido enquanto pragueja-me.

Corpo preso ao meio, por corda,
firma uma silhueta que
apenas apraz fazer - te mulher,

Minha mulher!
Aceita por acordos de terceiros.

Venta e tudo é negro
Não há medo.
Não há paz.
Eu, sempre patético,
de joelhos, imploro seu amor.

Já que há anos clamo liberdade,
E tu nem a face retornas.

Parto sempre em busca de armas, armaduras
Sortilégios que me livrem,
Ou atem-me finalmente a tu.

Oh! Quão sem tino sou!
Duvido de nosso laço.
De nosso compromisso firmado.
E teimo em sofrer
Fugindo de minha sombra.
Em cada vulto que vejo,
Nas esquinas envolto
Em somente ti.




Seus conselhos pernósticos,
Sussurrados a cada gole.
Cantam essa pedra de longa data:
"Só lhe deixarei partir,
Quando realmente me aceitar"






Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...