AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Só resta-me,
No altar,
Procurar onde sempre nunca quis.
Lá.
Sempre.
Em minha realidade medíocre.
A resposta que sempre evitei.
Seu vislumbre com deslumbre.
Seu perfume com notas de chorume.
Seu pagamento com.... a chaga.
No coração de quem
nada resta,
a não ser crer.
Acordar e projetar uma realidade aumentada.
Ter sonhado com a fome do mendigo.
E ainda assim,
sorrir sem culpa.
Sacrilégio ou entendimento?
Hoje, por mais não culpa ter,
E não saber,
E querer ter.
Absorvo - as de quem concede-lá-me-ás.
Brotam de qualquer um.
Inerente aos humanos,
O choro pela piedade.
Confesso e entendo agora:
Era apenas isso que procurava:
A confissão da traição de amiga forçada;
O perdão do amigo bêbado da madrugada.
O beijo ganhado sob magia particular.
Nada além de migalhas.
Cão faminto de apego.
Focinhando sentimentos descartados por si.
Do que gosto realmente? - diz quando acorda.
Sou eu
ou o Outro
Agora, isso, defronte espelho:
Sempre a mesma cara.
O mesmo semblante pedante
e ridículo.
Apenas por não ser real.
___________
O poste da esquina me consola.
Já que a complacência das árvores da pracinha me incomodam.
Escravizadas em seu oxigênio puro,
Choram.
Secam.
E alguém vê.
Vê e não se importa.
E senão com elas.
Comigo, oras!
Nem quero sua compaixão refinadamente
enlatada.
à la anos 90.
Renato disse
no meu fone de ouvido
Só pra mim.
Amanhã vou gritar
Sair de amarelo na rua.
Amanhã….
Amanhã vou acreditar em Você
Já que hoje
Condenei - me,
Neguei não três, mas mil vezes
Aquilo que já vivi.
__________
Resta -me agora
O recomeço
Injustiçado por mim.
Levanto - me sem espada e sem capa,
Apenas com a Coragem.
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