quinta-feira, 23 de abril de 2015

................................




O mal toma conta dos incautos.
E os preguiçosos esquecem de lembrar.
Hoje você não me diz como pensou no que fizeste ontem.
Perdido na perversão de um mundo pintado de correto e simplório.
Espero a honra na minha gloria, mas não há quem me prometa nada.

O Depois da clarivedência é que me afugenta.
O Medo da certeza é o fim de meu desejo.
Sonhar com o Nada não tem a graça.

O que faço aqui então?
Engulo a cada dia uma dose de hipocrisia do mundo.
Contamino lentamente minha alma com o desprezo alheio.

Ouço gritos de quem não me vê, mas sentem minha grandeza enrustida.
Envelhecida.
Mofada pela ansiedade fluida e constante.
Sempre esperando o momento mais conveniente de estrear, com pompa.

Os aplausos que, imagino, com certeza não será de quem espero.

A plateia irá - se embora!
Impacientes, ofendendo a mim, o pobre ator que tem medo de viver.
Alguns, os interessados com o cartaz,
Conhecerem o enredo ou terem acompanhado os ensaios.
Esperavam um desenrolar menos deprimente de tal peça.

Eu acreditava nele sozinho - desabafa um.
Encontrará a paz que tanto inutilmente busca? - Redargui o outro.
E o Amor existirá solto em minha historia?amargura o próprio
Sentado sozinho no palco.
E chora!

Chora por você não estar ali.
Chora como um lobo!
Queria uivar como um lobo!
Uivar tão alto que ensurdeceria o mundo hipócrita e seco de si mesmo.

E sei que você viria.




Quando tornei - me a forma humana e real
Alguém estava ali,
Na plateia cheia de fantasmas.
Serias tu mais um?
Não era.
Mas não era você.

Por que choras? Por nada seres?





quinta-feira, 9 de abril de 2015

Willson.




Sinto me numa deriva de jangada sozinho e sem remo.
Fui ater - me em uma auto - analise anteontem e
Encontrei meu próprio Ego, lá na esquina do amor.
Queria espadas para mata - lo com tudo que me disse.
Sangra - lo.
Nunca mais existiria.
Nunca!

Nem sei qual sua serventia.
Apenas sempre sofri o seu pesar.
Seu consumo de energia que custa minha liberdade.

Por que não partes,
Vá - te, embora!
Já tanto imploro.
Só apenas pela ideia de que nada mais me resta.
Se eu tive?
Tu já levaste.

Não há mais nada aqui além do rancor pelo vazio.
Não queria essa palavra ali,
Porém não fui eu que la a pus.
Não me gera autonomia em minhas palavras.

Quiçá em meus pensamentos…

Quiça em meus atos… .

Numa curva do rio em calmaria,
Em sua floresta de gravata, entorne seu infinito pescoço.
Surge um remo paranóico, falante e gago.
Quer que eu o pegue, ou o salve, já que la boiando, grita.

Não pego pelo oferecimento.
Não quero rumo algum.
A deriva é o meu destino:
Se ninguém encontro
E por quem espera - me no fim dessa enxurrada.


FJ.

sábado, 28 de março de 2015

Cru

_____________________________________________________

--------------------------------------------------------


Tentei.

Desde a mentirosa verdadeiramente fantasiosa mentira.

Desde a tentativa certeira do meu erro.



Divago nas sensações cadenciadas de minha morte:
Cada dia passado,
Há esperança renovada no automático vital que intencionalmente ignoro,
Soma um ponto a menos dos sonhos que se vão em em fila indiana com os dias corridos.

Isso não me incomoda.
Transbordem meu copo!
Ali sim reside a verdade.
E de mim ali ninguém a rouba.

No anseio de ser algo cabível nessa sociedade,
Antes que o pano negro do fim da peça caia sob minha cabeça dura,
Quero pintar de azul meu quarto alugado
E tentar roubar dele a calma que me instiga.

Aquela que busco em becos escuros pela rua vazia de minha vida.

Quando chove, ela aparece desenhada nas nuvens.
Ou atrás das árvores que choram seu pranto natural.
Vem devagar, rastejando na relva, se ela existir, buscar companhia em meu coração.
Fico feliz por momentos e tudo se vai novamente.
Deve enfadar-se, a coitada!

Eu não lhe dou muita atenção.
Fico tenso em sua presença.
Misto de culpa e certeza de sua partida.




Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...