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O mal toma conta dos incautos.
E os preguiçosos esquecem de lembrar.
Hoje você não me diz como pensou no que fizeste ontem.
Perdido na perversão de um mundo pintado de correto e simplório.
Espero a honra na minha gloria, mas não há quem me prometa nada.
O Depois da clarivedência é que me afugenta.
O Medo da certeza é o fim de meu desejo.
Sonhar com o Nada não tem a graça.
O que faço aqui então?
Engulo a cada dia uma dose de hipocrisia do mundo.
Contamino lentamente minha alma com o desprezo alheio.
Ouço gritos de quem não me vê, mas sentem minha grandeza enrustida.
Envelhecida.
Mofada pela ansiedade fluida e constante.
Sempre esperando o momento mais conveniente de estrear, com pompa.
Os aplausos que, imagino, com certeza não será de quem espero.
A plateia irá - se embora!
Impacientes, ofendendo a mim, o pobre ator que tem medo de viver.
Alguns, os interessados com o cartaz,
Conhecerem o enredo ou terem acompanhado os ensaios.
Esperavam um desenrolar menos deprimente de tal peça.
Eu acreditava nele sozinho - desabafa um.
Encontrará a paz que tanto inutilmente busca? - Redargui o outro.
E o Amor existirá solto em minha historia?amargura o próprio
Sentado sozinho no palco.
E chora!
Chora por você não estar ali.
Chora como um lobo!
Queria uivar como um lobo!
Uivar tão alto que ensurdeceria o mundo hipócrita e seco de si mesmo.
E sei que você viria.
Quando tornei - me a forma humana e real
Alguém estava ali,
Na plateia cheia de fantasmas.
Serias tu mais um?
Não era.
Mas não era você.
Por que choras? Por nada seres?
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