quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Teddy







Se a culpa se põe inerente,
Qual a saída pra nós, humanos?

Sonhei que bastava a fé.
E basta.
E diga -me quem a tem?
Legítima,
Sem demônios?


(Se houver então.
Matarei-me ao fim deste divago.)




Que digo?
Sei que calor nenhum apregoo-lhe,
Deveras vida minha valer  
O pouco, pelo óbvio.


Não há justo sobre a Terra já dizia o Livro.
E retomo.
E nós? Humanos?
Perdidos em nossas escolhas direcionadas.


Ora sistemas.
Ora estratagemas.


Ora ambos.


Ignorantes por consciência,
Enquanto absolutamente nada acontece.
Seguimos confiantes.
Esperançosos no prometido Dia da Glória Vazia.



E Lá estarei,
Por que não estaria?
Por você que riu de minhas chagas?
Não!


Por honra!




Com minha camisa de estampa de abacaxi.
Memorável!
Resgatada lá do sagrado de minha infância.

Era gosto de minha mãe… .
Ao menos em meu pleito seco
Faço-lhe um doce.




De lá, reservo-me o sabor dos sorvetes
Refrescantes, de morango. 
Até hoje….
E dos sonhos… também morango... .
Culpados, agora
de toda minha doçura dispensável.


Gigantes…
Sentávamos eu e minha irmã
Talvez na pracinha que imagino que exista.




Existe.
Compartilhando o único deleite que nem sabíamos que tínhamos direito.

Apenas ali aprendi a lição:
Esperar pelo fim.



Solteirão








Se pudesses,
E talvez possa.
Farias tu, Solidão,
Clara,
Olhos mel: mais mistério que doçura.
Cabelos  negros, soltos… .
Ideais e sem rumo.

Colocada defronte árvore seca
Como seu rosto
Cavado, numa penumbra que apenas acusa,
Nada dizes
e creio que nada pensas.

Vestido rústico branco,
Revestido, já, da relva negra das folhas podres de seu hálito.
Expelido enquanto pragueja-me.

Corpo preso ao meio, por corda,
firma uma silhueta que
apenas apraz fazer - te mulher,

Minha mulher!
Aceita por acordos de terceiros.

Venta e tudo é negro
Não há medo.
Não há paz.
Eu, sempre patético,
de joelhos, imploro seu amor.

Já que há anos clamo liberdade,
E tu nem a face retornas.

Parto sempre em busca de armas, armaduras
Sortilégios que me livrem,
Ou atem-me finalmente a tu.

Oh! Quão sem tino sou!
Duvido de nosso laço.
De nosso compromisso firmado.
E teimo em sofrer
Fugindo de minha sombra.
Em cada vulto que vejo,
Nas esquinas envolto
Em somente ti.




Seus conselhos pernósticos,
Sussurrados a cada gole.
Cantam essa pedra de longa data:
"Só lhe deixarei partir,
Quando realmente me aceitar"






domingo, 26 de outubro de 2014

Pátria minha.



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Alguém sou!
Sou você, meu pai.
De costas, lá no mundo perdido de minha infância.
Conversavas com alguém que também conheço.
E não vemos.
Até hoje.
Invisível e repetitivo.

Tinha -me amor.

Nunca entendi sua tristeza
Sua solidão escolhida.
Inatingível, pedindo algo que sempre soube o que era:
Aquele carinho simples…
Aquele amor feinho… .

Alguém sou!
Sou você, meu pai
Hoje sei quem és.
Conheci seu vazio calmo.
E se não lhe tenho pena, é por ser démodé.
Não és coitado.
Peço apenas que saibas de meu Amor.

Ouço sua conversa ao vento.
Quase sempre… .
Sinto sua ausência em minhas veias,
Nas decisões que não tomo,
Nos amores que teimo em esquecer.
Aquele que deixaste como herança
Acompanha - me e diz, sempre:
Perdoa.

Perdôo!
E peço também.
Não é tarde!
Estamos vivos!

Apenas nossa eterna semelhança é o que nos separa.





Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...