Pátria minha.
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Alguém sou!
Sou você, meu pai.
De costas, lá no mundo perdido de minha infância.
Conversavas com alguém que também conheço.
E não vemos.
Até hoje.
Invisível e repetitivo.
Tinha -me amor.
Nunca entendi sua tristeza
Sua solidão escolhida.
Inatingível, pedindo algo que sempre soube o que era:
Aquele carinho simples…
Aquele amor feinho… .
Alguém sou!
Sou você, meu pai
Hoje sei quem és.
Conheci seu vazio calmo.
E se não lhe tenho pena, é por ser démodé.
Não és coitado.
Peço apenas que saibas de meu Amor.
Ouço sua conversa ao vento.
Quase sempre… .
Sinto sua ausência em minhas veias,
Nas decisões que não tomo,
Nos amores que teimo em esquecer.
Aquele que deixaste como herança
Acompanha - me e diz, sempre:
Perdoa.
Perdôo!
E peço também.
Não é tarde!
Estamos vivos!
Apenas nossa eterna semelhança é o que nos separa.
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