Helena
Se quero quem me machuca,
Quem sou?
Masoquista.
Nem amor - próprio,
Nem dignidade.
Foi dor mesmo.
Dor doída de coração.
Dor doída de rolar no chão.
Não mais o basta,
Agora a mudança
De apreço, chega.
Agradeço.
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Que digo.
Nem sei.
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Se quero quem me machuca,
Quem sou?
Eremita.
Velas acesas
De fé inventada.
Perfume barato. Canela.
Livro parado.
Fechado.
Penso em mais nada.
Lua cheia, candeia!
Sonho com o fim.
Corro sem conseguir.
Acordo e ainda nada senti.
Se quero quero quem me machuca,
Quem sou eu?
Transformista.
Sinto - te e já não sou - me mais.
Perco o sentido débil da mente.
A razão inútil do coração.
Não há mais tanto sentimento
Porém ainda resta a ilusão.
Que queima e nos faz sorrir.
Um dia, será! Teimo.
Não deves! Teima.
Se vais lá, vou também,
Mas não quero.
E prometo.
Sou sombra.
Sou penumbra.
Sou a forma de quem me ama.
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Tudo é nada quando não é real.
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