X & Y
Esperar o Sol nascer de novo!
O Grande,
O Redondo e
Incandescente Queimador.
E por humano, a mim pertence:
Um sem fim de amar e sofrer.
Um coração de âmbar e carmim.
Um diadema de cor nascente.
Um perfume feito por mim.
Recorrente.
Exorbitante.
E lá vem ele, o Tal nascente.
Num pedido pedinte minha alma sente:
Lave-me em sentimento corrente.
Sem mente,
Eternamente.
Volto antes de você pra casa, sempre carregando a culpa vazia:
Sei quem sou.
Não sei quem fui.
Sei quem vou ser.
Um passo a menos e talvez o fim não chegue.
Nuvens… .
Sempre… .
Almofadadas e cheirosas.
Com seus cruéis tons de cinza,
E sutis românticos tons de branco.
Voando pesadas empatando o meu romance.
Sol não vem mais agora.
Rei vai dormir mais hoje.
Até ele.
E eu?
Apaixonado por elas, nuvens, fico.
Basta-me sua empáfia, sua audácia.
Sua postura.
Como ousam:
Rei vai dormir mais hoje.
Nem que ele quisesse mudar minha alma hoje:
Nuvem não vai deixar.
Nem que por um olhar queira ele esquentar meu coração:
Nuvem não vai deixar.
Nem se pelo brilho de seu amor… .
Nuvem não vai deixar.
Rei vai dormir mais hoje.
“Mereço.
Quem me vê e me perdoa?
Quem me sente e me ama?”
Nuvem não vai deixar.
“Voo por aí e ninguém me nota.
Danço com você e tu não me sentes.
Quem és tu que me questionas?”
Se amor meu pra ti não basta, nada mais então quero.
Nem me mato e nem me amo.
Só lamento pelo sentimento perdido.
Fabrício Januário
Fabrício Januário
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