Hífen




Socorro!

E este será o último que peço.
Dois talentos ali,
Meia dúzia de sonhos aqui e
Nada mais resta - me.

Desespero!

Morada de meu Amor.
Invenções. Castelos de areia.
Marrom, sem cor.
Tortura era a fantasia que eu queria.
E quem diria?

Mais um basta!
Mais um perdão!


Uma arrogante loucura dança em mim.
Num baile de gala,
Um vestido vermelho.
Colares e argolas.

Já não sei o que sei,
Foram anos, estou velho:
Tudo dói.

Dói o peito
Dói as costas.
Dói a alma.
Dói o coração.

Perdi a bússola do Destino.
Sou Quem no tempo errado.
Solto em uma realidade triste e alternativa.

Ou isto ou aquilo.
Ou com ou sem.
Ou On.
Ou In.

Ou mim.
Ou para mim.

Vejo meu outro no espelho e lá está Quem talvez eu seja.
Solto no reflexo duro da minha luz.
Sobrando no fundo marrom da triste-também parede.
O enquadro perfeito do amor-montado.

Uma imagem de mim num mundo canhoto.
Uma imagem de mim num mundo oposto.


Será esse meu Poeta-Eu?
Poeta-Meu?


Poeta, eu?

Fujo
Preso.
Frio,
Sem alento.
Choro,
Não sei se aguento.

Só mais um basta!
Só mais um perdão!


Comentários

Postagens mais visitadas