Rosa Negra
Conheço esse olhar.
Conheço esse seu olhar
E não é de agora.
Ou de hoje.
Conheço esse seu olhar
Pedinte.
Implorão.
Querendo que lhe salve.
Talvez eu sirva, pensa.
Conheço esse seu olhar:
Esgueiro,
Sorrateiro,
Traiçoeiro.
Faceiro,
Como uma rapariga dona de perdão.
Sempre iguais.
Se amo - te
Será apenas pelo sofrimento.
Só uma mais apenas justificativa de ser um pouco mais triste.
Tu não me olhas! -
Digo apaixonado as seis da manhã.
Tu olhas me e não me quer - digo ao fim da loucura,
Às vésperas.
No crepúsculo inútil de quem não quer poesia.
De quem não precisa de amor.
Amor assim, minúsculo.
Um grão de mostarda da tal rapariga do perdão.
Disse lá em seus olhos que talvez lhe ame.
Uma questão mínima, para alguém que nunca teve.
Se minto não é verdade.
Quero o Amor, mas aquele do meu coração.
Dizem lá inventado, mas não é.
Sonhado com louvor,
Com glória.
Porém morto em seus olhos tristes e seu rosto apático.
E seu coração sozinho.
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