terça-feira, 29 de setembro de 2015

Super Lua





Não quero aqui mais falar da Tristeza.
Não também que não queira ser mais triste.
Apenas não quero mais falar.


Se canso – me com tanta lamúria,
Que será de tu?
Que esteja agora, quiçá
Aqui talvez, comigo,
Tentando acompanhar o caminhar da ideia.


Tudo sempre preto.
Cinza.
“Toco – lhes e torno – os em mágicos azuis”
Disse eu sei lá onde. 


Cinza... .
 
Cores dos sem paixão...
Nem de cinza gosto.
Sempre ultrapassado,
E não combina com meu tênis preferido.


Quando não descambo à filosofia barata,
Que saberá eu que nada vivi?
Além das paranoias de um capaz fracassado?

Seria cômico, 
Se não fosse real e permanente.



Arre! Realmente chega da Tristeza.
Não também que não queira ser mais triste.

Apenas não quero mais falar.

Basta dessa ladainha de covardes.



Ora! Ora! Quem aí estás?

Novamente você?





Eu sou um covarde?
Assim em primeira pessoa?
Se sou, o que renego?
De quem me escondo?

Balela!


Ah! Não, que assim termino aqui!
Falemos de outras mentiras.
Vamos!
Falemos da vida, então

Única, senão, daquela que desejo:
Sem ter a todo dia suportar o peso do meu mundo imaginário.
Do julgamento externo desnecessário que absorvo
Pela ausência do filtro da anuência sobre a realidade que ignoro.


Novamente Tristeza…

Por que não vais, simplesmente?
Como num sonho que acaba de manhã quando minha mãe chama
Ainda, depois de tanto tempo.

A verdade é que não sei de outra coisa.
Sei só de mim e bem pouco.
Um egoísta com defeito.
Um altruísta que cobra.


Julguem - me pela mentira do enredo falso de um inédito final feliz.
Porém não condenem a coitada atitude única minha de tentar sair do clichê que me assombra.




O Ventríloco






Já nem poderia.
E agora menos,
Reclamar da inútil e doce vida minha.

O tempo foi-se indo,
Desfilando.
Exibindo – se demais


Cansei – me.

Não sei se será do modo que sonhei:
As belas besteiras que no remoto do passado que me lembro,
Faria, na razão, quando o sentido dia chegasse.



Um grunhido vem surgindo do dentro de nada:
Reivindicarei meus direitos felizes.
Pleitearei alguns favores amorosos.
Aceitarei os compromissos das horas.
A responsabilidade das palavras.
O envolvimento dos sentimentos.


Sinto assim e agora o peso do meu desinteresse.
Escolhi viver como eu quis:
Sem regras.
Sem aceitações.
Escolhi a infelicidade por preguiça.

Sai pela Vida vestindo a empáfia sob medida.
Cria que apenas por tentar, já teria.
Esqueci do mérito.
Do esforço sem medida.
Da Fé.




E lá vi um mundo solto.
Sem respeito, sem valores
Por soma qualquer.
Um tempo perfeito para os meus:
Fracos e sem nenhuma intenção.

Seduzi – me.
Nas madrugadas gastava minha vida
Dialogando ideais velhos, com batidas de salvação.

Pensei, enfim, nessas incursões sedutoras
Ter encontrado meu alento
Desta tão minha e sozinha vida.

Tudo era tão romântico... .
Romântico e eterno.

Tão eterno enquanto durou... .
Durou o tempo exato pra virar meu tormento.

Foi – se e nada levou.
Deixou – me um coração ansioso,
Nervoso,
Por uma nova estrada.
Nela caminhar leve sem o medo da sombra que me acompanha.

Sorrir para os vizinhos e
sem o medo do afronte,
Seguir com o sol da manhã na cara,
Quentinho,
O Destino que sei que não é meu
Pelo pouco caso que fiz da aventura.





Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...