Super Lua
Não quero aqui mais falar da Tristeza.
Não também que não queira ser mais triste.
Apenas não quero mais falar.
Apenas não quero mais falar.
Se canso – me com tanta lamúria,
Que será de tu?
Que esteja agora, quiçá
Aqui talvez, comigo,
Que esteja agora, quiçá
Aqui talvez, comigo,
Tentando acompanhar o caminhar da ideia.
Tudo sempre preto.
Cinza.
Cinza.
“Toco – lhes e torno – os em mágicos azuis”
Disse eu sei lá onde.
Cinza... .
Cinza... .
Cores dos sem paixão...
Nem de cinza gosto.
Sempre ultrapassado,
E não combina com meu tênis preferido.
Quando não descambo à filosofia barata,
Que saberá eu que nada vivi?
Além das paranoias de um capaz fracassado?
Seria cômico,
Se não fosse real e permanente.
Se não fosse real e permanente.
Arre! Realmente chega da Tristeza.
Não também que não queira ser mais triste.
Apenas não quero mais falar.
Basta dessa ladainha de covardes.
Ora! Ora! Quem aí estás?
Novamente você?
Novamente você?
Eu sou um covarde?
Assim em primeira pessoa?
Se sou, o que renego?
De quem me escondo?
Balela!
Ah! Não, que assim termino aqui!
Falemos de outras mentiras.
Vamos!
Falemos da vida, então
Única, senão, daquela que desejo:
Sem ter a todo dia suportar o peso do meu mundo imaginário.
Do julgamento externo desnecessário que absorvo
Pela ausência do filtro da anuência sobre a realidade que ignoro.
Novamente Tristeza…
Por que não vais, simplesmente?
Como num sonho que acaba de manhã quando minha mãe chama
Ainda, depois de tanto tempo.
A verdade é que não sei de outra coisa.
Sei só de mim e bem pouco.
Um egoísta com defeito.
Um altruísta que cobra.
Julguem - me pela mentira do enredo falso de um inédito final feliz.
Porém não condenem a coitada atitude única minha de tentar sair do clichê que me assombra.
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