sábado, 20 de janeiro de 2018

Adro






Acho que cansei da poesia.
Ninguém as entende, acham-nas chatas.
Pedantes.

Exibem-se em partes chamadas estrofes.
Perdidas palavras mal compreendidas.
Presas em tais versos sofridos de um famoso mal querer.

Agora já palavras minhas!
Essas coitadas!
Infladas de ego fino e solidão bastarda.


Palavras sinais.
Poesia.
Refugio dos que se acham ímpios.
Merecedores de um não-Amor.

Qual mal querer… ?
Qual solidão bastarda… ?

Apenas palavras.
Apenas poderas palavras.

Pedidos de socorro e perdão.

Estão perdidas aqui,
E lá estão também em minhas frases.
Ditas em dias onde mais perdido estarei que agora.



Estou em fuga do ensaio.
Estou em fuga da ilusão.


………..


Acho que cansei de poesia.
Abstrata como agora não quero ser.
Pedantes.


Caminho batendo testa em postes invisiveis.
Não durmo sonhando com a realidade.
Era dia e não te via.
Era noite e apenas te imaginava.

“Não sonho dormindo a realidade.

Não.
Fora daqui intruso.
Não te quero mais na verdade.
Apenas na ilusão.”


Perco sempre tudo e nunca tive nada.

…….


Não sou uma esfinge.
Não sou um enigma.
Apenas tentei e nunca tive.
Sem abracadabras ou dejavus.


Ando livre pra voltar a errar.
Ando livre pra começar sofrer e amar.


……..



Acho que cansei de repetir
Que cansei de poesia.

Não é verdade.
Até cansei de poesia,
Mas a prosa fica pra outro dia.

…….



terça-feira, 28 de novembro de 2017

Esporte Fino









É sempre um social o baile dos vazios.
 
Meu mundo vai perdendo as cores.
Uma aquarela de sentimentos.
Claros e quase transparentes.

De novo o que espera de mim esse sorriso?
Vem já a dança dos olhos vazios.

Ah! Quanto tempo inútil passa-se assim!
Largado na dimensão da paixão sentida.
E não existida. 

Não estou lá com você,
Nem aqui comigo.


Vou voando, divagando ao vento
Ideias de como para sempre ser.
Ser até o fim.
Uma seta do juízo.

Ser apenas para você gostar de mim.
E fazer - me sofrer
Nessa coisa sem fim.
 
 
Penar.
Tentar.
Acertar
 E chorar.

Inútil não ter nada,
Pior ter a ilusão!
Busco algo vivo, vermelho.
Sangue da paixão sentida.
Uma seta do juízo.

Coragem seria qualquer hora
Acordar!
Aceitar tudo como o que é:
O nada dos escondidos.

Ali ficam os que somem do Amor.
Esperam um dia feliz, de milagres.

Acordar!

Acordar e levantar!
As sete da manhã, dia chuvinha… .
Sem sentir nada.
Tudo calmo.
O nada dos escondidos.

Dia chuvinha!
Tudo calmo.

Esperando você vir.
O nada dos escondidos.





sexta-feira, 22 de setembro de 2017

K.




?

(Sou sensível demais.

Um bailarino nas emoções alheias.
Um soslaio de qualquer desconhecido coração curioso.
Um abraço de amigo perdido.
Um verde-cinza nos olhos.

Um mistério.
Uma paixão.

Sou um palhaço que faz chorar.

Sou mesmo sensível demais.

Minha magia; meu coração.
Meu ego; minha emoção.
Meu eu; minha solidão.
Minha culpa; minha salvação.

Um delírio.
Uma digressão.

Sou um palhaço que faz chorar.

Apenas quero.
Não sei ainda o quê.
Apenas quero.

Um desejo pelo Infinito
Meu coração peleja.
Uma saudade do que nunca tive.

Apenas quero.

Nada basta-me além do ser-parado.
O eterno procrastinar é fascinante:
Nos torna imortais pela inutilidade,
Pela incapacidade da evolução.

Apaixonante e mortal.

Apenas quero.

Quero o Infinito.

Combina assim então:
Uma capa bela
Por sobre meu corpo cansado.
Acompanha uma espada desenterrada, carregada de honras.
Honras de quem como eu quis um dia ser um guerreiro e não conseguiu.
Honras de quem como eu quis um dia ser um amante e não conseguiu.

Saio agora então, ainda perdido,
Na cruzada clássica e patética pelo Amor.

O meu, próprio.
E o seu, meu.

Brigar pelo respeito da minha alma coitada…
Cansada, gagueja, não sabe mais o que argumentar,
Mas ama muito, a doidivanas… .

Lutar contra os que me odeiam?

Não sei… .

Não sei mesmo… .

Quem odeia - me além de mim?)


Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...