K.




?

(Sou sensível demais.

Um bailarino nas emoções alheias.
Um soslaio de qualquer desconhecido coração curioso.
Um abraço de amigo perdido.
Um verde-cinza nos olhos.

Um mistério.
Uma paixão.

Sou um palhaço que faz chorar.

Sou mesmo sensível demais.

Minha magia; meu coração.
Meu ego; minha emoção.
Meu eu; minha solidão.
Minha culpa; minha salvação.

Um delírio.
Uma digressão.

Sou um palhaço que faz chorar.

Apenas quero.
Não sei ainda o quê.
Apenas quero.

Um desejo pelo Infinito
Meu coração peleja.
Uma saudade do que nunca tive.

Apenas quero.

Nada basta-me além do ser-parado.
O eterno procrastinar é fascinante:
Nos torna imortais pela inutilidade,
Pela incapacidade da evolução.

Apaixonante e mortal.

Apenas quero.

Quero o Infinito.

Combina assim então:
Uma capa bela
Por sobre meu corpo cansado.
Acompanha uma espada desenterrada, carregada de honras.
Honras de quem como eu quis um dia ser um guerreiro e não conseguiu.
Honras de quem como eu quis um dia ser um amante e não conseguiu.

Saio agora então, ainda perdido,
Na cruzada clássica e patética pelo Amor.

O meu, próprio.
E o seu, meu.

Brigar pelo respeito da minha alma coitada…
Cansada, gagueja, não sabe mais o que argumentar,
Mas ama muito, a doidivanas… .

Lutar contra os que me odeiam?

Não sei… .

Não sei mesmo… .

Quem odeia - me além de mim?)


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