sexta-feira, 22 de setembro de 2017

K.




?

(Sou sensível demais.

Um bailarino nas emoções alheias.
Um soslaio de qualquer desconhecido coração curioso.
Um abraço de amigo perdido.
Um verde-cinza nos olhos.

Um mistério.
Uma paixão.

Sou um palhaço que faz chorar.

Sou mesmo sensível demais.

Minha magia; meu coração.
Meu ego; minha emoção.
Meu eu; minha solidão.
Minha culpa; minha salvação.

Um delírio.
Uma digressão.

Sou um palhaço que faz chorar.

Apenas quero.
Não sei ainda o quê.
Apenas quero.

Um desejo pelo Infinito
Meu coração peleja.
Uma saudade do que nunca tive.

Apenas quero.

Nada basta-me além do ser-parado.
O eterno procrastinar é fascinante:
Nos torna imortais pela inutilidade,
Pela incapacidade da evolução.

Apaixonante e mortal.

Apenas quero.

Quero o Infinito.

Combina assim então:
Uma capa bela
Por sobre meu corpo cansado.
Acompanha uma espada desenterrada, carregada de honras.
Honras de quem como eu quis um dia ser um guerreiro e não conseguiu.
Honras de quem como eu quis um dia ser um amante e não conseguiu.

Saio agora então, ainda perdido,
Na cruzada clássica e patética pelo Amor.

O meu, próprio.
E o seu, meu.

Brigar pelo respeito da minha alma coitada…
Cansada, gagueja, não sabe mais o que argumentar,
Mas ama muito, a doidivanas… .

Lutar contra os que me odeiam?

Não sei… .

Não sei mesmo… .

Quem odeia - me além de mim?)


sábado, 19 de agosto de 2017

Quântico






Não tenho tempo.

Queria mudar o mundo.
Queria almoçar com minha família:
Não tenho tempo.

Queria arrumar minha casa.
Queria arrumar minha vida:
Não tenho tempo.

Queria salvar-te de mim.
Queria salvar-me de ti:
Não tenho tempo.

Meus alarmes se ajustam à minha ansiedade.

Quero tudo.
Quero qualquer coisa.
Mas pronto.
Cozido já.

Não tenho tempo.

Não tenho tempo para perder tempo.
Tenho que economizar tempo para ter tempo
Pra perder.

Tempo para observar o tempo passar.
Tempo apenas para cantar.

Cantar o hino do meu país.
País dos idiotas perfumados.
Recatados.
Amantes de filosofia por exclusão.

Filosofia da maioria.
Filosofia da afetação.
Filosofia da falsa Alquimia.

Não tenho tempo.

Abraçar-te-ia.
Sacrificar-me-ia.
Tudo isso por ti.

Não tenho tempo.


Queria, perdido, amar-me.
Queria, sofrido, perdoar-me.
Não tenho tempo.

Cada segundo clama uma ação.

Imperiosa.
Definitiva.
Conclusiva.
Caridosa.
Ou qualquer coisa assim:
Sem o meu amigo egoísmo.

Não tenho tempo.

Quero amar.

Quero amar sem me apaixonar.
Quero amar sem sofrer.
Quero amar quentinho,

Assado, quase morno.

Não tenho tempo.

O espelho sim, clama.
No canto do quarto preto.
Coisa mágica que reflete o tempo.
Ali fico, estou.
No labirinto de quem sou para meus próprios olhos coloridos.

Quem sou estampado, preso e vivo.

domingo, 6 de agosto de 2017

Looping






Meus olhos querem um horizonte novo.
Crescer em prol do alheio.
Sofrer mais do que só meu egoísmo.

Horizonte novo além do perdido.
Sem estrada, apenas sentido.
Haverá lutas e tristezas.

Haverá solidão e esperança.
Haverá liberdade e compaixão.





O perdão impossível, invisível,
Suporto com a alma de um andarilho.
Nada almejo mais.
Tudo já aqui estas.

Felicidade bate a porta e eu ainda hesito.
Eu ainda existo.
Uma pedra pequena em um ponto cruel.

Peço a ela calma.
Hoje ainda preciso de mim para curar - me.
Se dou-me ao deleite,
Fico novamente perdido.

Calma a mim também.
Aceito a tudo.
Devo.
Um dia por cada dia.
Limpo, respirando o ar livre do dia sem nuvens.

Caminhando com duendes desejados invisíveis.




Um novo horizonte, conhecido, revisitado.

Ei-lo!

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...