Não quero escrever
mais nada.
Palavras não me
salvam!
Antes, coitado!
Perdido sempre de
mim.
Confundem – me.
No letreiro neon de
minha memória,
Piscam apenas
advérbios soltos:
Se devagar e
claramente estes não se explicam,
Francamente, então,
O sinceramente na implementação destes,
resolve.
Vejo – me.
E olhes-me só e apenas,
E olhes-me só e apenas,
Finalmente como o
tal de meu Ele lírico
Numa farsa inventada de Mim,
Que lá na mente do Ele-apaixonado, envenena.
Corrói.
Drena.
Corrói.
Drena.
Onde lá, tomara, o Ele-agora
sozinho,
Corre nas linhas da Esperança na ânsia do desfecho inédito.
Prometido.
Prometido.
Como!?
Por que lá "Esperança" és já realidade inédita?
Por que lá "Esperança" és já realidade inédita?
Já digo ai, pelas antes tais maus servidoras palavras.
Que talvez alguém podeis
observar,
Vais agora ganhando
uma vida e um louvor.
Mas peno pelas aquelas soletradas que deixo
pelos olhos, escorrer.
Focadas de ilusão!
Inocente... .
Inocente... .
Transformar-se-ão, estas,
Lá na boca dos canalhas
ouvintes convivas.
E justo aquelas que,
E justo aquelas que,
Senão foram as
queridas, aceitas.
Serão as realmente
ouvidas, lembradas.
E repetidas.
[Quero o inédito.
Quero o Inédito.
Quero um cor nova.
Não repetida.[
Inédito... .
"Farsa.
Repetição."
E repetidas.
[Quero o inédito.
Quero o Inédito.
Quero um cor nova.
Não repetida.[
Inédito... .
"Farsa.
Repetição."
E o tal Inédito solteiro é tal que
tal do
Pobre meu coração
desesperado,
No ávido procura.
Não pelo que é não visto,
Não dito.
Já agora pelo tal também inédito solteiro.
Inédito fasceiro.
Inédito amante.
Bate-louco, também procura.
Só que tal o Inédito é o Inacreditável.
Não dito.
Já agora pelo tal também inédito solteiro.
Inédito fasceiro.
Inédito amante.
Bate-louco, também procura.
Só que tal o Inédito é o Inacreditável.
O que queres,
Ele-pedinte.
É o inédito da Imaginação.
Nem os sonhos.
Apenas Ela, dona do
futuro.
Rainha dos
criadores.
Dama das madrugadas
bêbadas.
Dos bêbados que
Dos bêbados que
Por anos procuram pela Pergunta.
E se não choro,
É por não nada sentir.
Pena é saber que tudo acaba assim:
Sem começar.
Apenas uma melodia
morta.
Não tocada.
Ignorada.
Rejeitada.
Fabrício Januário
Rejeitada.
Fabrício Januário


