Homem Primata.
Era uma vez,
Um homem que nem
chorava.
Dançava musicas
estranhas.
Bebia mais que
todos.
E tinha um segredo:
Ele não amava.
Tentava, lembro –
me, coitado.
Emulava ideias,
prazeres,
Até sentimentos.
Era um prodígio.
Mas ele não amava.
Mergulhou no
merengue doce da ilusão.
Abraçava seletos.
Identificava amigos
eternos.
Sabia e até queria
tudo aquilo da vida real.
Mas ele não amava.
Sonhava com o dia do
fim.
Estranhamente não
almejava nada.
Tinha a calma de
quem nada tem além de si e
Seus olhos, perdidos
e dito, penetrantes.
Mas ele não amava.
Dias passados,
caminhava.
Pedia pra muros e
portões o perdão.
A solução do seu
dilema.
Vivo ou morro?
Questionava.
Mas ele não amava.
Cantava sua dor
madrugada a dentro em
Passos curtos a
protelar o destino solitário de seu quarto úmido.
O mofo mutante das
paredes julgavam sua postura fraca
Com seus rostos
mesclados pela imaginação.
As figuras gêmeas
da cortina velha, como guardiãs de um portal mágico,
Estáticas, invocam
sortilégios mudos de libertação.
Se não pelo vinho e
cerveja, talvez o cansaço da longa caminhada,
deita – se no
colchão duro e parte para o mundo da imaginação.
Caleidoscópio de
sentimentos, dores e esperanças.
“Chega por hoje”,
alguém sussurra.
E assim, fácil,
fecha seus olhos e ai sim
Chora.
Choro calmo, de
lagrimas doídas, na espera de alguém.
Que finalmente lhe
ensine amar.
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