sábado, 17 de outubro de 2015

BUG







Naquele dia que nada acontece,
As horas derretem – se e
No quentume do calor,
Também amoleci e
Perdi - me em meus amores secretos.

Não secretos, pois de nada tem.
Apenas eu sei deles, começam e terminam
No enredo perfeito do meu desejo.
Vivemos sonhos,
Amores e carícias sem fim.

Ou nada disso:
Sentados, vendo o por do sol,
Faremos juras piegas de amor.
Mesmo de mentiras, serão juras.
Valerão pela existência romântica.

Vou até ai,
Mas não sei onde estás!
Não posso entregar – me assim,
Tudo não passa de delírios de um mal amado.
Um delírio bom de se enveredar,
Mais ainda sim, é de um mal amado.


Esqueçamos.
Não vou enlouquecer – me por alguém.
Não seria prudente
ou decente,
Morrer por quem não nos conhece.

Procuro por ai
O Amor que tem no meu peito.
Não vou encontra -lo assim.
Caminhando.
É preciso mais.
É preciso ser real.

É preciso pegar na mão e dizer a verdade:
Nunca lhe vi, mas te amo.
Amo até o tal delírio acabar.
Sem nem em você,
uma vez tocar.


                                                                                               Fabrício Januário

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Amour Masqué.







E é isso!

O sexo não é nada.

Como qualquer outro desejo.
Faço tudo em prol de milésimos de prazer.

Qual a grande fraqueza que nos controla,
Será?
Tão grande, ali, que amarra – me num namorar que me confunde.

Afinal, quem não procura o ápice?
O momento único de gloria humana.
O poder do prazer ínfimo solitário.

O gozo.

Aqui deparo – me com toda minha estranheza.
Minha misantropia.
Que pode nos dar um momento?
Que pode nos dar uma Gloria Única solitária?

O gozo.

Sua própria existência efémera não o qualifica como objetivo de vida alguma.
Seu valor na realidade reflete o desespero de uma geração que nao sabe fazer outra coisa
Senão...

Senão, que palavra uso?
Nem direi nada.

O gozo.

Estarei sempre certo por rejeita – lo.
Rejeitá – lo?
Não

Difundi -lo

Carrega – lo de erros para depois
Justificar meus medos , por me sentir mal servido pelas circunstâncias.

Mas hoje não foi mais puro,
Mas foi mais honesto.

Não queiram mais.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Super Lua





Não quero aqui mais falar da Tristeza.
Não também que não queira ser mais triste.
Apenas não quero mais falar.


Se canso – me com tanta lamúria,
Que será de tu?
Que esteja agora, quiçá
Aqui talvez, comigo,
Tentando acompanhar o caminhar da ideia.


Tudo sempre preto.
Cinza.
“Toco – lhes e torno – os em mágicos azuis”
Disse eu sei lá onde. 


Cinza... .
 
Cores dos sem paixão...
Nem de cinza gosto.
Sempre ultrapassado,
E não combina com meu tênis preferido.


Quando não descambo à filosofia barata,
Que saberá eu que nada vivi?
Além das paranoias de um capaz fracassado?

Seria cômico, 
Se não fosse real e permanente.



Arre! Realmente chega da Tristeza.
Não também que não queira ser mais triste.

Apenas não quero mais falar.

Basta dessa ladainha de covardes.



Ora! Ora! Quem aí estás?

Novamente você?





Eu sou um covarde?
Assim em primeira pessoa?
Se sou, o que renego?
De quem me escondo?

Balela!


Ah! Não, que assim termino aqui!
Falemos de outras mentiras.
Vamos!
Falemos da vida, então

Única, senão, daquela que desejo:
Sem ter a todo dia suportar o peso do meu mundo imaginário.
Do julgamento externo desnecessário que absorvo
Pela ausência do filtro da anuência sobre a realidade que ignoro.


Novamente Tristeza…

Por que não vais, simplesmente?
Como num sonho que acaba de manhã quando minha mãe chama
Ainda, depois de tanto tempo.

A verdade é que não sei de outra coisa.
Sei só de mim e bem pouco.
Um egoísta com defeito.
Um altruísta que cobra.


Julguem - me pela mentira do enredo falso de um inédito final feliz.
Porém não condenem a coitada atitude única minha de tentar sair do clichê que me assombra.




Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...