sexta-feira, 21 de julho de 2017

Gabarito.







Foste?

Mesmo?

Talvez.
Nem sinto mais você… .

Fingiste?

Ensaiaste?

Talvez.
Nem acabei de amar você… .

A piedade dos deuses não nos servem.
Querem nos ver sofrer no desejo:
Te esqueço sozinho, mas todo dia
Agora
Você ali, parado.
Passando seus olhos por sobre mim.

Sofrer no desejo.

...
Fugindo.

Entendo.
...

Chora ali meu coração
Pela dor de um sonho corrompido,
Abortado.

Inconformado,
Caminho ainda mais perdido:
Por quê?

Só uma resposta falta.

Por quê?

Uma mosca sou atras do lixo de seu amor pequeno.
Tu queres me no cubículo do seu pecado.

Nunca isso me bastará.

Ainda que mesmo isso queira, sim,
Confesso.
O cubículo do teu pecado.
Sujo,
Desarrumado.

Ainda quero sim…

Seu olhar travesso,
Mentindo pra mim.
Seu sorriso de boca grande me chamando…

Me enganando.

Mas isso para que serve
Senão para nada.


Seus olhos não são mais meus.

Fogem de mim.

Não querem dizer que me querem.
Ou talvez então não me queiram mesmo.

Ou nunca quiseste?

Fingiste?
Ensaiaste?

Talvez.

Nem acabei de amar você… .



Mas

Espere, não vá ainda.
Apresentei - me mal.
Quis tudo de ti e acho que nada tinhas… .

Julga-me agora pela coragem que nunca terás.
E eu ainda vou esperar.
Espero pela burrice de acreditar em mim.

Acreditar apenas.

Acreditar apenas

Em você.

sábado, 10 de junho de 2017

Processo Seletivo



       



E se talvez lhe amei.
 
 isso não importa.


Vi você.
Sonhei você.
Discursei você.

Dilui você em gotas de ódio e paixão.


E se talvez lhe amei, isso não importa.

Seu olhar ficou maior que o meu:
Me viu, me mostrou e me separou.

Quem sou quando tu me vês?

Seria aquele que sonha calado com sua palavra?
Seria aquele que foge de qualquer afeto seu?
Seria aquele que talvez lhe ame e não quer dizer?

Assumir Amor?
Assumir a covardia?
 
Sua sempre desejada minha covardia?



Tu parado, sempre, em seu pedestal
Tomado da minha carência, julga -me.
Julga-me pelo meu afeto encardido.
Posto entre meio olhares turvos
E uma mudez sofrida.

Mudez sua.
Mudez minha.

O que dizer quando já apenas…
Apenas…

Apenas um silêncio restou.


Qual de nós será real homem merecedor da verdade inventada.
Guerreiro!
Encarar a vergonha imposta e dizer numa realidade aumentada:
Tu me amas?
Sem medo de apenas ter sido uma ilusão.

Mais uma.

E mais uma.



segunda-feira, 29 de maio de 2017

Rosa Negra


     



Conheço esse olhar.


Conheço esse seu olhar
E não é de agora.
Ou de hoje.


Conheço esse seu olhar
Pedinte.
Implorão.
Querendo que lhe salve.

Talvez eu sirva, pensa.


Conheço esse seu olhar:
Esgueiro,
Sorrateiro,
Traiçoeiro.

Faceiro,
Como uma rapariga dona de perdão.

Sempre iguais.




Se amo - te
Será apenas pelo sofrimento.
Só uma mais apenas justificativa de ser um pouco mais triste.

Tu não me olhas! -
Digo apaixonado as seis da manhã.

Tu olhas me e não me quer - digo ao fim da loucura,
Às vésperas.
No crepúsculo inútil de quem não quer poesia.
De quem não precisa de amor.

Amor assim, minúsculo.
Um grão de mostarda da tal rapariga do perdão.


Disse lá em seus olhos que talvez lhe ame.
Uma questão mínima, para alguém que nunca teve.
Se minto não é verdade.
Quero o Amor, mas aquele do meu coração.

Dizem lá inventado, mas não é.
Sonhado com louvor,
Com glória.

Porém morto em seus olhos tristes e seu rosto apático.

E seu coração sozinho.







Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...