quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Imersão










Cada dia melhora mais.
...

Quero ver-me livre do amanhecer do seu pensamento.
Do entardecer da sua influência,
Do anoitecer da sua obsessão.


Nada mais sobra em mim além de procurar seu olhar vago
Entre momentos perdidos de um dia sem fim.
E como reconforta-me,
o looping:

Basta - me apenas um trago do mel do seus olhos,
E trazes-me quase tudo que tinha esquecido a uma hora apenas,

(Após o almoço:)

Como seria se o amor existisse.
Como seria se o amor existisse pra mim.
Como seria se o amor existisse entre nós.


Cada vez piora mais.
...

A vergonha que sinto por querer você
Torna-se o paliativo da fuga.

Fuga impossível do desejo eterno.


Desejo que hoje você se enquadra
Pela pena do Destino.


Afinal quem sou eu para lhe amar?
Afinal que tu és pra me amar?

Queres?
Tens certeza?
Digo apenas para se não tiveres certeza de sua coragem,
Desista antes da mácula de si mesmo.


Pois por mim, viveríamos estampados em memórias de fim de semana.
Afetadamente curtidos pela nossa própria ligação pura.

Resumidamente, uma inutilidade.


Perdidos em posts de amigos perfeitos que só nos amarão quando for online
Pretensamente iludidos por uma questão de tempo.

"Quem foi o mais amado: você
Quem foi o mais trouxa: eu.
Quem foi o mais feliz: eu também."





__________




Por si só, ainda quero você.



No meu olhar, por aí ser só meu.
No seu olhar, por aí eu ser só seu.











sábado, 28 de janeiro de 2017

Um trauma por ti.



 




E ali, hoje, apenas como de costume:
Fico agora sentindo seu coração bater,
Sozinho.

Ao menos um abraço,
Peço.
Em um pedido devoto
Em nome de minha paz eterna.

Não sou do mundo mesmo.
Não sou a vida de ninguém,
Também.

Sou a sobra do que sinto.
Sou o resto do sorriso disfarçado seu.

Ou sou quase um incrível.

Ou por você serei um nada.

Afinal.

Não há coragem sequer para encarar-lhe.
Corrompido pela minha volúpia.
Numa pressa de amar sem Amor.

De sempre sofrer sem a dor.
De toda vez esconder o rancor.

Escondo-me sempre sem vergonha do pudor.

Não há futuro.
Não há nada além dos meus sentimentos.
Guardados numa caixa dourada
Decorada por em laços de sangue.

Daí vem tu.
Sem verbo.
Sem predicado.

Apenas tu.
E toma-me tudo que me sinto:

Meu olhar.
Meu pensar.

Meu coração?

Não.


Este ainda não.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Vergonha descascada.






Saber de mim é devaneio,
Delírios de meio-dia.
Quem serei, talvez o tempo dirá.

Sussurrando… .

Pelo vento transformo minha alma.
Pela chuva no rosto transformo minha vida.
Pelo sol fresquinho da manhã, caminho sozinho pro meu fim florido.

Livre pelos erros estampados.
Feliz por não ser perfeito.



Aos que me apedrejam, saibam lá que ainda vivo.
Saiba lá que ainda danço e canto a melodia da vida.
Perdoo-me pelo erro acertado de Liberdade.

Caiu o pano.
Derreteu a máscara.
Restou aquilo que deixaram: Eu.

Eu sozinho.
Eu nu de alma.
Eu cru de Ego.

Apenas eu.
Renascente das turbulências do passado esquecido.

Quero o perdão dos que magoei e quero o esquecimento dos que me tomam como exemplo.
Nada mais importa senão minha real paz de espírito.
Finalmente ser o que um dia se esqueceu.



Aos que me apedrejam, saibam lá que ainda vivo.
Resgatando todo pedaço de caráter que me restou deste vendaval das revelações.
E prometo-lhe ser ainda o tal modelo,
Não para deleita-lo,
Oh, coitado sem nada ser!


Apenas para ainda mais entender quem sou.

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...