sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O minimalista desesperado.







Não quero escrever mais nada.
Palavras não me salvam!
Antes, coitado!
Perdido sempre de mim.
Confundem – me.


No letreiro neon de minha memória,
Piscam apenas advérbios soltos:
Se devagar e claramente estes não se explicam,
Francamente, então,
O sinceramente na implementação destes, resolve.



Vejo – me.


E olhes-me só e apenas,
Finalmente como o tal de meu Ele lírico
Numa farsa inventada de Mim,
Que lá na mente do Ele-apaixonado, envenena.
Corrói.
Drena.

Onde lá, tomara, o Ele-agora sozinho,
Corre nas linhas da Esperança na ânsia do desfecho inédito.

Prometido.



Como!?
Por que lá "Esperança" és já realidade inédita?
Já digo ai, pelas antes tais maus servidoras palavras.
Que talvez alguém podeis observar,
Vais agora ganhando uma vida e um louvor.




Mas peno pelas aquelas soletradas que deixo pelos olhos, escorrer.
Focadas de ilusão!
Inocente... .
Transformar-se-ão, estas,
Lá na boca dos canalhas ouvintes convivas.
E justo aquelas que,
Senão foram as queridas, aceitas.
Serão as realmente ouvidas, lembradas.

E repetidas.



[Quero o inédito.
 Quero o Inédito.
 Quero um cor nova.
 Não repetida.[

 
Inédito... .

"Farsa.
Repetição."



E o tal Inédito solteiro é tal que tal do
Pobre meu coração desesperado,
No ávido procura.
Não pelo que é não visto,
Não dito.

Já agora pelo tal também inédito solteiro.
Inédito fasceiro.


Inédito amante.
Bate-louco, também procura.




Só que tal o Inédito é o Inacreditável.


O que queres,
Ele-pedinte.
É o inédito da Imaginação.
Nem os sonhos.
Apenas Ela, dona do futuro.
Rainha dos criadores.
Dama das madrugadas bêbadas.

Dos bêbados que
Por anos procuram pela Pergunta.



E se não choro,
É por não nada sentir.





Pena é saber que tudo acaba assim:
Sem começar.
Apenas uma melodia morta.
Não tocada.
Ignorada.

Rejeitada.






                                                                                                             Fabrício Januário




sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Homem Primata.







Era uma vez,
Um homem que nem chorava.
Dançava musicas estranhas.
Bebia mais que todos.
E tinha um segredo:
Ele não amava.

Tentava, lembro – me, coitado.
Emulava ideias, prazeres,
Até sentimentos.
Era um prodígio.
Mas ele não amava.

Mergulhou no merengue doce da ilusão.
Abraçava seletos.
Identificava amigos eternos.
Sabia e até queria tudo aquilo da vida real.
Mas ele não amava.

Sonhava com o dia do fim.
Estranhamente não almejava nada.
Tinha a calma de quem nada tem além de si e
Seus olhos, perdidos e dito, penetrantes.
Mas ele não amava.

Dias passados, caminhava.
Pedia pra muros e portões o perdão.
A solução do seu dilema.
Vivo ou morro? Questionava.
Mas ele não amava.

Cantava sua dor madrugada a dentro em
Passos curtos a protelar o destino solitário de seu quarto húmido.
O mofo mutante das paredes julgavam sua postura fraca
Com seus rostos mesclados pela imaginação.
As figuras gêmeas da cortina velha, como guardiãs de um portal mágico,
Estáticas, invocam sortilégios mudos de libertação.

Se não pelo vinho e cerveja, talvez o cansaço da longa caminhada,
deita – se no colchão duro e parte para o mundo da imaginação.
Caleidoscópio de sentimentos, dores e esperanças.

“Chega por hoje”, alguém sussurra.
E assim, fácil, fecha seus olhos e ai sim
Chora.
Choro calmo, de lagrimas doídas, na espera de alguém.
Que finalmente lhe ensine amar.


sábado, 17 de outubro de 2015

BUG







Naquele dia que nada acontece,
As horas derretem – se e
No quentume do calor,
Também amoleci e
Perdi - me em meus amores secretos.

Não secretos, pois de nada tem.
Apenas eu sei deles, começam e terminam
No enredo perfeito do meu desejo.
Vivemos sonhos,
Amores e carícias sem fim.

Ou nada disso:
Sentados, vendo o por do sol,
Faremos juras piegas de amor.
Mesmo de mentiras, serão juras.
Valerão pela existência romântica.

Vou até ai,
Mas não sei onde estás!
Não posso entregar – me assim,
Tudo não passa de delírios de um mal amado.
Um delírio bom de se enveredar,
Mais ainda sim, é de um mal amado.


Esqueçamos.
Não vou enlouquecer – me por alguém.
Não seria prudente
ou decente,
Morrer por quem não nos conhece.

Procuro por ai
O Amor que tem no meu peito.
Não vou encontra -lo assim.
Caminhando.
É preciso mais.
É preciso ser real.

É preciso pegar na mão e dizer a verdade:
Nunca lhe vi, mas te amo.
Amo até o tal delírio acabar.
Sem nem em você,
uma vez tocar.


                                                                                               Fabrício Januário

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...