sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Homem Primata.







Era uma vez,
Um homem que nem chorava.
Dançava musicas estranhas.
Bebia mais que todos.
E tinha um segredo:
Ele não amava.

Tentava, lembro – me, coitado.
Emulava ideias, prazeres,
Até sentimentos.
Era um prodígio.
Mas ele não amava.

Mergulhou no merengue doce da ilusão.
Abraçava seletos.
Identificava amigos eternos.
Sabia e até queria tudo aquilo da vida real.
Mas ele não amava.

Sonhava com o dia do fim.
Estranhamente não almejava nada.
Tinha a calma de quem nada tem além de si e
Seus olhos, perdidos e dito, penetrantes.
Mas ele não amava.

Dias passados, caminhava.
Pedia pra muros e portões o perdão.
A solução do seu dilema.
Vivo ou morro? Questionava.
Mas ele não amava.

Cantava sua dor madrugada a dentro em
Passos curtos a protelar o destino solitário de seu quarto húmido.
O mofo mutante das paredes julgavam sua postura fraca
Com seus rostos mesclados pela imaginação.
As figuras gêmeas da cortina velha, como guardiãs de um portal mágico,
Estáticas, invocam sortilégios mudos de libertação.

Se não pelo vinho e cerveja, talvez o cansaço da longa caminhada,
deita – se no colchão duro e parte para o mundo da imaginação.
Caleidoscópio de sentimentos, dores e esperanças.

“Chega por hoje”, alguém sussurra.
E assim, fácil, fecha seus olhos e ai sim
Chora.
Choro calmo, de lagrimas doídas, na espera de alguém.
Que finalmente lhe ensine amar.


sábado, 17 de outubro de 2015

BUG







Naquele dia que nada acontece,
As horas derretem – se e
No quentume do calor,
Também amoleci e
Perdi - me em meus amores secretos.

Não secretos, pois de nada tem.
Apenas eu sei deles, começam e terminam
No enredo perfeito do meu desejo.
Vivemos sonhos,
Amores e carícias sem fim.

Ou nada disso:
Sentados, vendo o por do sol,
Faremos juras piegas de amor.
Mesmo de mentiras, serão juras.
Valerão pela existência romântica.

Vou até ai,
Mas não sei onde estás!
Não posso entregar – me assim,
Tudo não passa de delírios de um mal amado.
Um delírio bom de se enveredar,
Mais ainda sim, é de um mal amado.


Esqueçamos.
Não vou enlouquecer – me por alguém.
Não seria prudente
ou decente,
Morrer por quem não nos conhece.

Procuro por ai
O Amor que tem no meu peito.
Não vou encontra -lo assim.
Caminhando.
É preciso mais.
É preciso ser real.

É preciso pegar na mão e dizer a verdade:
Nunca lhe vi, mas te amo.
Amo até o tal delírio acabar.
Sem nem em você,
uma vez tocar.


                                                                                               Fabrício Januário

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Amour Masqué.







E é isso!

O sexo não é nada.

Como qualquer outro desejo.
Faço tudo em prol de milésimos de prazer.

Qual a grande fraqueza que nos controla,
Será?
Tão grande, ali, que amarra – me num namorar que me confunde.

Afinal, quem não procura o ápice?
O momento único de gloria humana.
O poder do prazer ínfimo solitário.

O gozo.

Aqui deparo – me com toda minha estranheza.
Minha misantropia.
Que pode nos dar um momento?
Que pode nos dar uma Gloria Única solitária?

O gozo.

Sua própria existência efémera não o qualifica como objetivo de vida alguma.
Seu valor na realidade reflete o desespero de uma geração que nao sabe fazer outra coisa
Senão...

Senão, que palavra uso?
Nem direi nada.

O gozo.

Estarei sempre certo por rejeita – lo.
Rejeitá – lo?
Não

Difundi -lo

Carrega – lo de erros para depois
Justificar meus medos , por me sentir mal servido pelas circunstâncias.

Mas hoje não foi mais puro,
Mas foi mais honesto.

Não queiram mais.

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...