terça-feira, 25 de agosto de 2015

Resgate da Alma Perdida.






A dor irradia-se por esses dias
Nos cheiros indecifráveis do mal.
Um misto de pena e desespero
Agarrou – se a mim.
Traz o passado.

Como uma criança perdida
Implorando o rumo da casa esquecida.
Nos olhos,
de meu pai, vi minha tristeza pela solidão e
A vergonha de não conseguir vir a nada ser
No final dos sentidos.

Queria abraça – lo, 
Dizer o que sinto, 
Conforta – lo, talvez, se meu medo permitisse:
E que nada têm importância mais.
Escolho ser seu orgulho, não por nada,
Apenas por salvá – lo da agonia de não ter o que se quis
Pela vida.
De ter visto passar o bonde dos sonhos e não tomá – lo
Por parar no desconhecido e la ter que fazer morada.

Tenho – lho sob minha pele.
Junto ao sangue em minhas veias 
vai em mim também seus enganos.


Pai,
Não temas!

Tocarei suas músicas preferidas, 
Numa inédita festa de família, 
Com seus olhos brilhantes verdes que lhe herdei, 
Sem demostrações,
Pois sei que não gostas.

Perdoe – me,
Sentirei seu coração bater feliz pelas fantasias de um tempo que não existiu.

E sua alma voar.
Finalmente!
Livre por saber simplesmente
Que lhe amo, meu Pai.


O Lembrete do lembrete.





Sinto a minha Fé como um topor!
Comprimida, sem ar.
Suspensa.

Sofrida na alma.
Pesada no coração.

Não era pra ser assim;
Era pra ser fluída
Um riacho no domingo à tardezinha.
Lá, não lembram...
No fundo das roças de minha infância.

Queria nada da vida ali.
Era tão bom.
Perfeito lugares verdes.
Poeira vermelha na cara.

Ia sempre à frente, brincando com o vento.
Sem pensar em futuro.
Simples, sem afobação.
Não pelo tempo que era longo ainda,
antes pelo amanhã que acreditava existir.

Tão mecânico.
Tão divino.

Em minha lembrança mais remota
Estou só.
Eu me basto, não sou um iludido clássico.
Porém sinto a vontade latente do meu mundo.
A angústia por não se adequar ao padrão vigente.
Sempre recorrente.

Não fujam da estória, meus íntimos.
Não neguem a  subserviência que grita a cada rejeição.
O engano mora na escolha sua de quem leva o galardão da obediência.
E prometo:
A daremos sempre a quem não merece.
Justifica os pecados íntimos.
Acoita as faltas com os próximos.

É a liberdade do miserável.


Pobre de mim, então seria.
Se tudo não fosse mentira.
Covardia!
Prognóstico da vergonha!


E qual esse final sem tempero?

Não!
Por toda carga que carregas,
Delicadeza pra si
Seria o mínimo de descanso.


E nisso decido então falar.
O que mais temos?

Esconder os afrontes em metáforas baratas.
Conversar com a lua cheia, sentir seu poder.

Ou num sonho,
Olhar dentro dos seus olhos,
Num bar, com música velha tocando.

Uma dose...
Tons de vermelho...

E não sentir medo.
Aceitar não quem somos,
Pois isso acho que não queres admitir.
Mas ao menos aceitar o que sentimos.




Operação Suicida?







I


Não há muita coisa a ser dita, se alguém de mim espera alguma mágica resposta.
Se ainda lhe interessam,
Seria como arrancar um dente:
Cada segundo passado:
uma dor menor é
uma lembrança a menos.

Realidade se necessária:
Fica aquela da época que brindávamos juntos.
Por dias e por anos.

Dói mais do que qualquer perdido
Amor vulgar que tive.
Pois se não vulgar,
Então amor teria sido
e nem senão o sofreria por nada como agora.

Que dor cliché!
Tento ser Machado.
Convencer o coração,
Seduzir pelo ridículo
Da própria solidão

Tão mesquinha e
Tão conveniente.

Não tenho seu talento.
Porém tenho sua burrice.
Quero entreter com a Verdade.

Fazer dela o tesão.
Deleitariam – se então com cada novo desdobramento da descoberta.
Engano – me.

Isso estranhamente,
Em minhas digressões cada vez mais patéticas,
Expurga minha falta de sentimento.
Ou talvez minha vidência legítima de coração:

Eu sempre soube.



II

Passado a raiva,
Sobra a falta.
No sua grandeza fica a vontade de não ter feito.

O que somos pra nós mesmos,
Além de uma retórica eterna?
O patético vazio que sentimos
Qualquer desejo novo vai suprir.
Nos satisfaremos nessa variedade de sentimentos coloridos.

Vampiros!

Mas de quem gostamos de verdade?
Isso não é um teatro ou
Um novo tema de debate.
Isso é motivo de Vida,
De sofrimento.
De Morte.

Sê com coragem,
De Felicidade.

E diga lá:
Onde esteves quando chorei?

Onde estive quando me chamou?


Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...