quinta-feira, 9 de abril de 2015

Willson.




Sinto me numa deriva de jangada sozinho e sem remo.
Fui ater - me em uma auto - analise anteontem e
Encontrei meu próprio Ego, lá na esquina do amor.
Queria espadas para mata - lo com tudo que me disse.
Sangra - lo.
Nunca mais existiria.
Nunca!

Nem sei qual sua serventia.
Apenas sempre sofri o seu pesar.
Seu consumo de energia que custa minha liberdade.

Por que não partes,
Vá - te, embora!
Já tanto imploro.
Só apenas pela ideia de que nada mais me resta.
Se eu tive?
Tu já levaste.

Não há mais nada aqui além do rancor pelo vazio.
Não queria essa palavra ali,
Porém não fui eu que la a pus.
Não me gera autonomia em minhas palavras.

Quiçá em meus pensamentos…

Quiça em meus atos… .

Numa curva do rio em calmaria,
Em sua floresta de gravata, entorne seu infinito pescoço.
Surge um remo paranóico, falante e gago.
Quer que eu o pegue, ou o salve, já que la boiando, grita.

Não pego pelo oferecimento.
Não quero rumo algum.
A deriva é o meu destino:
Se ninguém encontro
E por quem espera - me no fim dessa enxurrada.


FJ.

sábado, 28 de março de 2015

Cru

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Tentei.

Desde a mentirosa verdadeiramente fantasiosa mentira.

Desde a tentativa certeira do meu erro.



Divago nas sensações cadenciadas de minha morte:
Cada dia passado,
Há esperança renovada no automático vital que intencionalmente ignoro,
Soma um ponto a menos dos sonhos que se vão em em fila indiana com os dias corridos.

Isso não me incomoda.
Transbordem meu copo!
Ali sim reside a verdade.
E de mim ali ninguém a rouba.

No anseio de ser algo cabível nessa sociedade,
Antes que o pano negro do fim da peça caia sob minha cabeça dura,
Quero pintar de azul meu quarto alugado
E tentar roubar dele a calma que me instiga.

Aquela que busco em becos escuros pela rua vazia de minha vida.

Quando chove, ela aparece desenhada nas nuvens.
Ou atrás das árvores que choram seu pranto natural.
Vem devagar, rastejando na relva, se ela existir, buscar companhia em meu coração.
Fico feliz por momentos e tudo se vai novamente.
Deve enfadar-se, a coitada!

Eu não lhe dou muita atenção.
Fico tenso em sua presença.
Misto de culpa e certeza de sua partida.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ensaio sobre a cegueira.






Estive apaixonado por três dias.
Só percebi depois.
Com a falta de algo que nem me dei conta.
Um vazio pequeno;
Do tamanho da paixão morta.

Sem velório.
Sem cortejo.

E se tivesse notado o sentimento,
Não teria eu mesmo cometido o atentado de própria razão?

Mudei.

Nesse tempo sob o sortilégio da atração.
Fiquei saudoso do que sempre quis.
Tentaria!
Se ao menos tivesse notado seus olhos…
Perguntando se eu era mesmo o que eles viam.

Mas passou.
Não sei sequer se lhe verei novamente.
Hoje, pouca importância têm meus poderes ilusórios.
Apenas torturas inúteis.

Apenas quero que fique onde está.
Espere - me.
Voltarei, talvez prometo,  sempre cheio de planos
Para então  juntos partirmos.
Navegar o sonho que não sei se é apenas meu.
Ou um reflexo seu.

Tenho o sonho do Mundo:
Renascer - se discretamente colorido,
Levemente perfumado.
Acompanhando qualquer um que for meu Amor.


Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...