sábado, 28 de março de 2015

Cru

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Tentei.

Desde a mentirosa verdadeiramente fantasiosa mentira.

Desde a tentativa certeira do meu erro.



Divago nas sensações cadenciadas de minha morte:
Cada dia passado,
Há esperança renovada no automático vital que intencionalmente ignoro,
Soma um ponto a menos dos sonhos que se vão em em fila indiana com os dias corridos.

Isso não me incomoda.
Transbordem meu copo!
Ali sim reside a verdade.
E de mim ali ninguém a rouba.

No anseio de ser algo cabível nessa sociedade,
Antes que o pano negro do fim da peça caia sob minha cabeça dura,
Quero pintar de azul meu quarto alugado
E tentar roubar dele a calma que me instiga.

Aquela que busco em becos escuros pela rua vazia de minha vida.

Quando chove, ela aparece desenhada nas nuvens.
Ou atrás das árvores que choram seu pranto natural.
Vem devagar, rastejando na relva, se ela existir, buscar companhia em meu coração.
Fico feliz por momentos e tudo se vai novamente.
Deve enfadar-se, a coitada!

Eu não lhe dou muita atenção.
Fico tenso em sua presença.
Misto de culpa e certeza de sua partida.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ensaio sobre a cegueira.






Estive apaixonado por três dias.
Só percebi depois.
Com a falta de algo que nem me dei conta.
Um vazio pequeno;
Do tamanho da paixão morta.

Sem velório.
Sem cortejo.

E se tivesse notado o sentimento,
Não teria eu mesmo cometido o atentado de própria razão?

Mudei.

Nesse tempo sob o sortilégio da atração.
Fiquei saudoso do que sempre quis.
Tentaria!
Se ao menos tivesse notado seus olhos…
Perguntando se eu era mesmo o que eles viam.

Mas passou.
Não sei sequer se lhe verei novamente.
Hoje, pouca importância têm meus poderes ilusórios.
Apenas torturas inúteis.

Apenas quero que fique onde está.
Espere - me.
Voltarei, talvez prometo,  sempre cheio de planos
Para então  juntos partirmos.
Navegar o sonho que não sei se é apenas meu.
Ou um reflexo seu.

Tenho o sonho do Mundo:
Renascer - se discretamente colorido,
Levemente perfumado.
Acompanhando qualquer um que for meu Amor.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Viver.




Rejeitamos nossos anseios como se não os merecêssemos, por preguiça de aceitar a demanda que nos é imposta. Isso é muito comum: o medo. Este sempre baseado na ideia do desconhecido.
O real é o Desconhecido,
                                                apenas.


Mas não é o importante.
Afinal, aplicando um método qualquer de redução de alternativas válidas, embora sazonalmente eficiente, reduziremos o Desconhecido em suas variáveis e  compreenderemos que o tal não é nada também, além do seu segundo próximo,


Este!
Agora.


E este.


E mais este…


Somos engolidos a conta-gotas pelo que mais tememos.

Mas isso também não é importante.
Seria se pudéssemos acompanharmos a velocidade dos acontecimentos e
Compreendermos a complexidade dos desdobramentos.


A nós, apenas a Realidade.


Acordo de meu sono sem sonho e penso
Por que acordei então?


Se pra nada existo?


Pergunta recorrente de mentes desgarradas, pedidas pelo Sistema.
Remanescestes de uma resistência futura,
Lutaremos não por uma contra-dominância.
Nem por liberdade:
Essa tivemos e ignoramos,

Lutaremos apenas por uma nova chance

.

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...