quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Solteirão








Se pudesses,
E talvez possa.
Farias tu, Solidão,
Clara,
Olhos mel: mais mistério que doçura.
Cabelos  negros, soltos… .
Ideais e sem rumo.

Colocada defronte árvore seca
Como seu rosto
Cavado, numa penumbra que apenas acusa,
Nada dizes
e creio que nada pensas.

Vestido rústico branco,
Revestido, já, da relva negra das folhas podres de seu hálito.
Expelido enquanto pragueja-me.

Corpo preso ao meio, por corda,
firma uma silhueta que
apenas apraz fazer - te mulher,

Minha mulher!
Aceita por acordos de terceiros.

Venta e tudo é negro
Não há medo.
Não há paz.
Eu, sempre patético,
de joelhos, imploro seu amor.

Já que há anos clamo liberdade,
E tu nem a face retornas.

Parto sempre em busca de armas, armaduras
Sortilégios que me livrem,
Ou atem-me finalmente a tu.

Oh! Quão sem tino sou!
Duvido de nosso laço.
De nosso compromisso firmado.
E teimo em sofrer
Fugindo de minha sombra.
Em cada vulto que vejo,
Nas esquinas envolto
Em somente ti.




Seus conselhos pernósticos,
Sussurrados a cada gole.
Cantam essa pedra de longa data:
"Só lhe deixarei partir,
Quando realmente me aceitar"






domingo, 26 de outubro de 2014

Pátria minha.



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Alguém sou!
Sou você, meu pai.
De costas, lá no mundo perdido de minha infância.
Conversavas com alguém que também conheço.
E não vemos.
Até hoje.
Invisível e repetitivo.

Tinha -me amor.

Nunca entendi sua tristeza
Sua solidão escolhida.
Inatingível, pedindo algo que sempre soube o que era:
Aquele carinho simples…
Aquele amor feinho… .

Alguém sou!
Sou você, meu pai
Hoje sei quem és.
Conheci seu vazio calmo.
E se não lhe tenho pena, é por ser démodé.
Não és coitado.
Peço apenas que saibas de meu Amor.

Ouço sua conversa ao vento.
Quase sempre… .
Sinto sua ausência em minhas veias,
Nas decisões que não tomo,
Nos amores que teimo em esquecer.
Aquele que deixaste como herança
Acompanha - me e diz, sempre:
Perdoa.

Perdôo!
E peço também.
Não é tarde!
Estamos vivos!

Apenas nossa eterna semelhança é o que nos separa.





quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Positivo e Operante



O amigo ínfimo findou - se.
Foi - se, tão funcional quanto um fosforo de hotel.
Projetei - o na cegueira da carência embrutecida
E na gentileza; durou dias.

Se foi eu, com minha mudez forçada
Provocada pelo medo do conflito,
Ou pela falta de loucura saudável
Do agora conhecido separado,
Independente.
Não aprendo.
Não dói mais.
Prazer também não há,
Mas isso também tanto faz.

Prazer não é nada.
Tão vulgar como o cigarro apagado na mão da puta.

Desejava apenas falar…
Falar e falar.
Sobre nada que fosse.
Teologias, se soubesses alguma…

Na Filosofia
O então já estranho, tentou:
Profanou - se

Recolho - me ao meu nada confortável e comum
Pensarei num amanha colorido e
nem atentarei ao impossível.

Posso enfim ter meus direitos novamente.

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...