quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Stargate

A redenção vem pelo amor. O sofrimento existe para darmos valor na vida. Na teimosia de encontrarmos os saída sozinhos, deixamos para trás o que Deus já fez. Nossa família é nossa vida e nada mais pode ser tão importante.
 Felizes.
 Tristes.
São nossas.
 A base de todas elas é sempre o afeto. A neurose se instaura quando a disputa começa.
Conflitos todos temos.
Historias... .
Devemos se não crer em Deus, acreditar que nada é constante e nenhum sofrimento ou alegria e eterno. O crescimento é imperativo. Se vivemos, não é por nos. Quem dirá o mais?

A apatia se instaura em uns.
 Almas cansadas sentem o sofrimento chegar como um velho amigo. Vai ate o armário e tira seu tabuleiro de xadrez e convidam o recém chegado parceiro para uma partida. Levará anos talvez e não se sabe quem vai ganhar.

Não se superestime e também não monopolize o sofrimento.





domingo, 30 de outubro de 2011

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            A cara dele de espanto ao olhar pra mim me alertou que estaria não apenas num banheiro, mas um banheiro que eu não deveria estar. Livan me instruíra escolher o avatar de velhinho:
            “Ele tem bom coração, vai ser mais fácil. Mas ouvi dizer que nem todos gostam dos seres humanos nessa idade por la, então cuidado” disse dentro de minha cabeça. E tinha razão. O homem, provavelmente dono do estabelecimento, que empunhava um taco de basebol na mão, só não me rumou na cabeça por antes olhar em meu rosto e reconhecer com o que também meu irmão me informara, um senhor de 70 anos.
            “Quem é o senhor?”
            Boa pergunta.

            Existiam certas questões que não devem ser levantadas. A Verdade é para todos, porem nem todos a suportam.

            Saio do banheiro e sei que tenho meia hora ate o tal recobrar seus neurônios, posso reconhecer o local. É um local escuro, com cheiro de grãos. Cheiro do local onde a uma missão passada, procurando o que hoje talvez achamos, caímos pelo teto. Não lembro, mas enfim. É comida. Procuro também por um café. Bebida boa, amarga, mas cada um faz de um jeito. É interessante. Encontro uma maquina. Uns toques nos lugares certos e sai um café num copo que não lembrei onde deixei.

            “Desse jeito vamos encontrar o experimento já numa balada”, disse ele de novo na minha cabeça.

            Tinha razão.
            Essas como dizem, porra de maquina demorou e o tal que me fez a pergunta que não se faz começa a se mexer. Tenho que ir, mesmo sem as rosquinhas. Saio na rua e miro uma praça onde sabemos que nosso experimento sempre para. É lá!

            “Ele acaba de sair”
           
Definitivamente Livan me chateia às vezes.
Não! Sempre!

            Corro, então, ate um banco que aponta para a esquina onde o cujo vai virar. Sei então que se ele acabou de sair tenho quase vinte minutos ate aparecer aqui. Ainda bem que trouxe dois copos de café. Cheios!
            Na euforia da bebida humana, derrubo metade de um copo no meu sapato. É preto. Bico fino. Tem fivela dourada. É bonito. Minha calça segue a mesma tonalidade escura, não sendo um preto, antes um cinza bem fechado. Tenho terno cinza como a calça e uma camisa preta. Uso chapéu também preto. Fecho os olhos e tento acessar a mente desse avatar que habito, pra passar o tempo e ver o que de interessante tem essa vida aqui, mas de novo o desagradável do meu irmão... .

            “Depois Alfenir... . Depois meu querido... , ele vai virar a esquina... .


Experimento Tx14 -01(vulgo T - 01)


            Era um dia mais que comum. Era um dia prêt-à- porter, dizia minha inteligência inútil. Acordei em meu horário de costume: meia hora antes do despertador. Quarto escuro. Já era hora de trabalhar. Moro numa espécie de cortiço dos tempos modernos. Uma única entrada e vários quartos distribuídos por dois corredores, dispostos em dois andares. Havia duas cozinhas comunitárias como mínimo necessário para um macarrão instantâneo. Eu quase nunca as usava. A esquerda da cozinha de onde vinha um cheiro de vinho azedo, dava acesso ao corredor do quarto onde estava eu neste momento tentando me levantar. Minha esperança é que esteja chovendo. Adoro a chuva. Como um compartilhamento divino para meu eterno estado de espírito.
            Era apenas um quarto com banheiro. No começo, há quatro meses, achei a idéia boa, vai ser bom para dormir: escuro... . Mas agora? Agora eu não suporto mais isso. Uma sensação de sufoco. Uma caixa escura.
            Duas vezes adiado, não pude mais calar o despertador. Apesar da imensa vontade, eu não podia deixar o trabalho e ficar na cama. Era incrível, mas acreditava possível viver nesse quarto para sempre. Acho ainda, mas só quando estou aqui dentro. Jogo-me na cama mais uma vez e decido ficar em casa de novo. Pra que ir naquele trabalho idiota, conviver com pessoas idiotas. Se bem q o idiota sou eu por continuar com tudo isso. Agora tenho q ir, terceiro alarme.
            Atrasei.
            O banho era um momento bom, sentia a água batendo em minha nuca e de uma maneira estranha me transmite paz e leva – me a minha infância. Imagino mais uma vez que tudo pode mudar e que vai mudar. Mas como? Vem a duvida, por onde? Há três dias estou trancado nesse quarto e não consigo sequer abrir a porta. Tento enrolar no banho, mas tomo coragem e saio. Vou terminar tudo e sumir no mundo.
Desaparecer.
Então eu terei que sair.
Não ouço nada, minha mente esta estática, não penso em nada.
Abro a porta e o ar refrescante me da um gás. Leve. É noite já, pelo menos. O céu esta estrelado e uma leve brisa bate no meu rosto agora que já sai na rua. Olhos para baixo e para cima e não vejo ninguém. Posso ir em paz então. Pelo menos ate o quarteirão ultimo antes do fatídico trabalho.


Penso em tudo, no caminho. Na minha família, em o que estou fazendo nesse lugar, nesse planeta. Sinto-me um adolescente pensando assim e culpo – me mais por isso. Meu Deus. Enlouqueço! Com uma calma que beira a medo, atravesso a rua contendo – me. Um caminhão é melhor... . Não será dessa vez. Continuo no percurso de costume, na esperança de Deus estar sentadinho no banco da praça com um copo de coca cola e esperando para conversar. Viro a esquina e ele não esta lá. Mas tem um homem acenando pra mim.

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...