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Agora há um desespero

de noite inteira a dia suado.

Engordurado.

Não comunicado.


Tendo sempre a não lembrar do Nada.

Esquecer que um absoluto vazio há.

Mas lá vem

ele.

À noite.

Sempre à noite.


Desespero.




O que será de mim

Sem mim?


Que será quando eu a mim for

Na canoa do etério?

Qual poeira deixarei?




A Morte ronda – me.

Numa espiral

Esfumaçada e impregnante.


Qual será a próxima?

Qual conhecido do conhecido

Partiu hoje?


Qual irá amanhã?







Qual seria a alegria, 

minha?

E onde será?

E qual dia?


Tentei acalmar a mente,

Aceitar a solidão

E o fim do mundo. Mas


Sou escravo de antigos desejos.

 

Não me peço.

Não me meço.


Então aí me perco.







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Quero as nuvens.

Quero as flores.

Quero o mundo.

Quero meu fim


Tranquilo indo

Ao encontro do Infinito.





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Não sei qual Morte me será:


Se a tal e Indiscreta.

Se a não querida e Vergonhosa.

Se a temida e Dolorida.

Se a descartável e Inesquecivel.


Se a memorável e Desprezível.


Vejo.




Vejo o ao meu redor se queimando.

Todo.

Calor sem flor.

Sem folha.

Mata escura.

Fogo na madrugada.


Fumaça.




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