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No contraste da Ilusão, 

Vida fez - se, mínima.

Veio simples,

Num raio azul de uma pura emoção.



Companheira calma e 

Amiga consciência,

Cantem comigo a

Cantiga da Paz.



Dancem comigo a ciranda do Crer e do Bem-Querer.

Crer em muito mais do que ainda prevejo.

E quiçá bem querer mais ainda que meu, ainda vazio, coração.

 



Mas ora ora!

Vejam lá quem seria eu agora!

Um acreditador?

Um ser de Fé? 

De novo um novo sonhador?


Mais um repetidor?




Não!


Não há sonhos em Realidades Sombrias.

Morte ronda sobre a fome de todos.

Magra e sem barulho,

Segue esfregando seus andrajos,

Negros,

Num orgulho torturante.

Escolhendo seu novo afilhado

Num juízo final de valor.


Doença.




Falta tudo!


Falta seu dinheiro.

Falta esperança.

(Piegas Esperança…)

Falta comida.

Falta gás.

Falta luz e Fé.

Falta respeito.

Falta espaço.

Falta eu, você.


Faltamos o Mundo Inteiro.


Só sobra sempre um dinheiro, 

Que não será nunca seu.

Mesmo que você, sem vergonha,

Peça.





Não então me venham!


Todos aqui perdemos, agora,

Alguém.

Amanhã e talvez ainda além.






Meu ensejo, descabido pelo tempo,

É o de apenas ir.

Adiante, devagar, sozinho.

Sozinho de mãos dadas com alguém.


Sempre alguém.


Lá se vou me perdendo em teorias das paixões inventadas.

  

Nada de mais pra nada.

E pensar que era 

Acordar e apenas tentar.

 

Tentar.

 

 

Eis - lá o que faltou:



Um compartilhamento de um bom caráter

A calma de um caminhar quieto.

Um mérito pelo respeito pela Vida.

Nada de mais.


De apenas mais humano.


Isso!




Meu desejo.

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