Robin



        




Sinto seu Inferno.
E ainda assim nem me dói.
E nem me queima o tanto quanto quiz.

Com você
Meu bálsamo estranho;
Perfeito funciona meu traje de alma-secreta,
Que segura, direto,
Seu afeto
Longe de mim.

Maldito!
Talvez então seja eu,
Com amor escuro e deformado,
Largado pelos perfeitos.

Saí alí furando,
Adentrando carapaças de vergonha,
Apagando velas de corações.

Corações perdidos no Amor.
Corações perdidos sem respostas.
Corações perdidos no respeito alheio.

_______

“Respeito.

Apenas não me diga que não me ama.

Ama? "

Amor também pudera
Ser apenas uma invenção absoluta
Do pobre nunca-ser-humano.

_______

Coragem!
E
Olhe para mim novamente:

Olhos castanhos.
Olhos pretos.
Olhos Azuis-vermelhos,
Chorosos de um dia segunda de espelhos.

Maquiagem invisível derretida.



Sinto o meu inferno.
Que sob sua pele
Agora,
Queima.



Queima.

Derrete tanto seu Ego
Que me excita,
Me condena.
E me conecta.

Qualquer fim contigo será simples e aceitável.
E perfeito.

Perfeito por ser irreal.
Perfeito por não existir.
Perfeito por apenas se fazer sentir.






O Perfeito e o Irreal
Sempre nunca vão existir.
O Perfeito, carente, preso sempre no looping infinito “culpa pecado eterno.”
E
O Irreal, coitado, perdido onde palavras não existem.




Dimensões de amor em maiúsculo.
Dimensões de Amor em minúsculo.

Quem inventou o Amor?
Quem lá onde nunca saberemos disse que Amor é Amor?
E quem lá também
Disse também que Amor tem o significado que temos pela palavra amor?

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