sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ensaio sobre a cegueira.






Estive apaixonado por três dias.
Só percebi depois.
Com a falta de algo que nem me dei conta.
Um vazio pequeno;
Do tamanho da paixão morta.

Sem velório.
Sem cortejo.

E se tivesse notado o sentimento,
Não teria eu mesmo cometido o atentado de própria razão?

Mudei.

Nesse tempo sob o sortilégio da atração.
Fiquei saudoso do que sempre quis.
Tentaria!
Se ao menos tivesse notado seus olhos…
Perguntando se eu era mesmo o que eles viam.

Mas passou.
Não sei sequer se lhe verei novamente.
Hoje, pouca importância têm meus poderes ilusórios.
Apenas torturas inúteis.

Apenas quero que fique onde está.
Espere - me.
Voltarei, talvez prometo,  sempre cheio de planos
Para então  juntos partirmos.
Navegar o sonho que não sei se é apenas meu.
Ou um reflexo seu.

Tenho o sonho do Mundo:
Renascer - se discretamente colorido,
Levemente perfumado.
Acompanhando qualquer um que for meu Amor.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Viver.




Rejeitamos nossos anseios como se não os merecêssemos, por preguiça de aceitar a demanda que nos é imposta. Isso é muito comum: o medo. Este sempre baseado na ideia do desconhecido.
O real é o Desconhecido,
                                                apenas.


Mas não é o importante.
Afinal, aplicando um método qualquer de redução de alternativas válidas, embora sazonalmente eficiente, reduziremos o Desconhecido em suas variáveis e  compreenderemos que o tal não é nada também, além do seu segundo próximo,


Este!
Agora.


E este.


E mais este…


Somos engolidos a conta-gotas pelo que mais tememos.

Mas isso também não é importante.
Seria se pudéssemos acompanharmos a velocidade dos acontecimentos e
Compreendermos a complexidade dos desdobramentos.


A nós, apenas a Realidade.


Acordo de meu sono sem sonho e penso
Por que acordei então?


Se pra nada existo?


Pergunta recorrente de mentes desgarradas, pedidas pelo Sistema.
Remanescestes de uma resistência futura,
Lutaremos não por uma contra-dominância.
Nem por liberdade:
Essa tivemos e ignoramos,

Lutaremos apenas por uma nova chance

.

Sofrer.



Se fôssemos apenas a Realidade
Qual graça teria,
Senão a Ilusão?

Lá somos livres.
Sem cabresto nem mordaça,
Ficaremos  à brindar...

Brindar ao lixo que ignoramos.
Brindar ao nosso narcisismo.
Brindemos a nada:
Apenas ao evento e a selfie!

Estar é o que prima.
Ser é para os fracos:
Seres que rastejam por esgotos de perfumes baratos.
Surfam em pranchas de alisar cabelos duro…

Duros pela dor da Inocência.
Duros por nem o do leite ter.

Lisos em prol da vergonha.
Lisos sob rezas de chuvas.

Tempos passam
Os que notam sua comitiva vazia,
Choram em vão.

Não há sentido
Em nada,
Além dessa Culpa Universal.


Tudo é tão perfeito
Que a nós apenas nos resta pecar.
Seria isso nossa maneira de nos identificar?
Nossa culpa nos separa?

Seria ela nosso bem maior?

Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...