domingo, 9 de outubro de 2011

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Boa noite! - respondo.
Ouço o casal do telejornal mais famoso e que me tem mais consideração que todos, desejarem – me boa noite.
Fodam – se, na real.
 Porem são os únicos.
-L. esta na hora de preparar – se para o espetáculo. Diz minha mãe já bêbeda e toda borrada de maquiagem.
Não tenho escolha.
Não tenho vida.
 Estou no meu inicio de adolescência: 14 e meio, na exatidão. Ela é meu carrasco.
No meu quarto, o que meu era de fato: apenas um livro de Goethe, um alemão... . Existiam os maiôs das apresentações, mas esses definitivamente não eram meus. Todas as estampas e cores. Confesso que um de fênix azul era – me charmoso, mas apenas isso.
Não era minha paixão.
-Esta pronta? Ouço novamente.
Já estava.
Tinha o maio totalmente incorporado e a corda na minha frente esticada.

Os aplausos da minha entrada não me excitam em nada. Eles querem a minha queda. A fênix do meu maio brilha no reflexo do holofote e isso sim me da um ânimo.
Brilho.

Tempo/espaço não existem.

No penúltimo degrau da escada interminável, cansada de tentar ouvir o aplauso de minha mãe. Vejo que a tal corda é real.

Mais uma salva de palmas.
Agora essa quer dizer: ande logo, caia sua idiota.




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