sexta-feira, 22 de abril de 2016

A Rainha Louca Voadora





Todo inicio é sempre o mesmo ritual.
Alivio, Ansiedade, Medo.
Sonhos de hoje.
Sonhos de amanhã.
Para de uma semana próxima.

“Há sonhos para uma vida inteira.”

Mas…
O que fazer para não acordar?
O que fazer para não falhar.

Não consigo mais recomeçar… .

Devo acreditar que sou forte.
Ou esquecer de vez.

Pular do muro.

Ter uma nova aspiração.
Ou uma velha sensação.
Um novo dia.
Meu caminho encontrou a rota reta.
Direta,
cheia de pedra.

Vai cansar, mas
Da pra ir.

Só preciso buscar minha cabeça

Aquela lá…,
Vive voando.
Orbitando ao redor de qualquer poste de luz.
Pôr ela sobre meu pescoço
E que ela entenda que aqui é seu lugar.
Basta de outro corpo.
Basta de outro alguém.

Somos apenas eu,
Você e a chuva, talvez,
Novamente,

O Rei Ruivo Deportado.





Olhando daqui.
Sem lhe ver, à espreita.
Acredito que tenho chance.
Acredito que pode acontercer.

Menos que isso basta para por meu coração em descompasso.
Corre à frente de tudo, desesperado,
Criança perdida.
Quer diversão. Depois amor.
No afã de ter, peca por não fazer.

Perde-se em afetações.
Enche-se de trejeitos e olhares.
Confunde-se com o simples
E perde novamente
Aquilo que nunca teve.

Digo calma!
Segure a corda que lhe joga a razão.
Salve-se.
Não seja teimoso,
Pare de reclamar e responda:
“Sabes o que está fazendo”

Não!

Não sabe.

Nada diferes da solidão que captas.
E irradias.

E da parte que invento.
Seria tu o meu intento.
Quem sabe desta vez.
Em conjunto.
Cada dia, devagar.
Encontro alguém para me acompanhar.



segunda-feira, 28 de março de 2016

A magia da Amoreira





 
A anos venho ensaiando minha entrada na vida e creio que apareceu o momento propício. Encontro – me já nas últmas reservas morais e não sei até onde irei sem ser descoberto como um exímio manipulador. Uma consciência de minhas obrigações tanto humanas, no sentido coletivo como em meu âmbito familiar e particular tem tomado todas minhas sensações.
Quero ser um homem.
Ter um carácter digno depende de um critério interno de valor arbitrário das coisas. Sempre fui muito disperso e me escapam os detalhes. Pela arrogância, desaprendi aprender. Não posso explicar como cheguei ao cúmulo dos fatos. Impossivel que nunca tenha eu observado de um alto de minhas viagens o estado real de minha vida. Minha real inapetência para o ramo social. Sempre fui muito sugestivo e sem autoestima alguma.
Perdi o caminho, confesso.
Devo desculpas, favores e dinheiro a vários. Ignorei regras sociais basica e fui isolado do complexo sistema das probabilidades. Eu nunca soube jogar, sentia – me especial e talvez isso se perdure até hoje. Não citarei nomes que ao meu ver nada interessa, esta vergonha é dirigida a mim, sem mais. Ei de convir que alguém mais a leia, mas nada mudará o que fiz. E antes que a pena vos comisere, saibam que não me arrependo mais de nada.
Mas entendam. Houve causas. Perdi – me, como já dito.
Acho que devo a mim uma segunda chance. Procurar aquele caminho solitário da descoberta. Quero vida, porém a real.
Basta de misturas, musicas ruins e dançantes. Pois essas são minha fraqueza. Não resisto a uma dança. Quero viver a verdade, a paz no coração, apenas não sei se isso é possivel.
Quero mais. Ando descontente. Algo falta-me e sei o que. Falto-me a mim.
Não sou quem sou.
Então não quero ser qualquer homem.
Quero ser eu, apenas.
Legítimo. Perdoado. Esquecido.
Cara feia limpa.
Pé descalço pela terra.
Devo ser humilde, acreditar no tempo e respeita-lo. Sentir o fliur das energias das flores indicando que somos iguais, diferentes nas formas, mas não nas essências.
E digo: ontem uma borboleta pediu-me coragem. Não gostei a princípio, dei-lhe de intrometida, nem sabia de nada e ali dando pitaco. Mas a pobre tava sozinha também, iria morrer, era claro. Branca com detalhes em vermelho e as pontas das asas negras. Umas finas linhas pretas compunham um desenho estranho na parte interna. Era a camuflagem, eu sei, porém vi uma mensagem, algo para mim e era isso: o pedido de coragem. E naquela hora... .Nem perdi tempo demais nessa divagalção. Voltei a beber e ter mal o estômago. Hoje que aqui penso que talvez a agora linda borboleta só teve a mim em seu fim e que morria feliz por ter cumprido sua missão na vida; transmitir-me a mensagem e se algo devo a ela é cumprir seu desejo.
Nos veremos em breve.
Considerem ai minhas desculpas, faço por ela o que deveria ter feito a mim.







Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...