Farei uma pose!

Pousam o olhar
Sobre mim e penso:
Que pensam eles de minha impressão.
Qualquer.

Sorrisos não convergem.
Buchichos revigoram
Norteiam.
No mar de sentidos confusos e embaçados.

Minha hostilidade elástica refletida em olhares estranhos.

Calabouço com perfume de lavanda.

Fiz – me prisioneiro de minha ilusão, como era esperado.
Corro sozinho por um labirinto escuro, como espinhos.

Ainda escuto uma melodia doce e fúnebre, ao fundo de minha mente talvez.

Suave... .

Meu fim está próximo. Deveras...

Não me reconheço mais.

Nada me é comum e nunca saberei quem sou.
Ou o que quero.
Assim ainda mais desesperador.

Sinto a brisa leve da loucura.

Sei que é ela.

Tomara que seja.

Quanto tempo... . Pensei que não nos veríamos, então.

Não almejo a salvação. Não terei tempo!

Um espaço pra mim e a solidão me bastam.

Sinto sua falta.

Demais.

Além do Horizonte existe um lugar...

Hoje...21 de dezembro, vulgo fim do mundo no tal calendário maia (se é que existe algum maia vivo), estou aqui...da janela...observando o céu e esperando a terra tremer e a única coisa que eu consigo ver são as luzes da árvore de natal do vizinho piscando e um céu sem nuvens ou estrelas, típico de dezembro..calor como sempre!
Mas e ai, como será o fim dos tempos, como será o nosso fim coletivo?
Ver tudo o que você plantou, do amor a inveja, da alegria a raiva sumir assim...no piscar de olhos.
Seitas dizem que seres estelares estão por vir...outros dizem que será o dito cujo...creio eu, que ao acordar amanhã cedo, terei que escovar os dentes, tomar meu café santo de todo dia e ir trabalhar.
Como dizia Zeca Baleiro, o que me assusta não é o fim do mundo...e sim o fim do mês...o que me assusta na realidade não é o final do mundo...o que me assusta é o mundo acabar e não saber o que é o amor...esses de novela, de música do Rei Roberto Carlos.