segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Pré-maturo




            





Hoje era sol de meio dia e ia eu feliz cantando sem a chuva e sem você.
Sem vento de você.

Com vento de brisa.
Com vento de areia.
Com vento de menos de você.

Estaria livre por fim?
Livre do sortilégio do mundo invisível​?
Sem as amarras da paixão insensível?

Sem sonhos.
Sem planos.

Livre do pesar de termos sido nada.

Esperança perdulária.
Uma trouxa suja de sentimentos.
Sangue ralo, sem sabor.
Pele seca, sem humor.

Foi-se.
Sem ter sido apresentado.

Sucumbi ao desprezo e a realidade de que nada existe.

Talvez seja um louco, isso sim.


Não. Isso não.






Nem quero mais ser o mesmo agora.
Hoje o dia começou de chuva.
Goteiras… .

Você invadindo meu sonho bobo.

Como ousas?
O que queres?

Oh! quão cansado só no pensar.
Queres nada, foi eu e nada mais.
Queres nada, sonhei e agora? 
Agora tanto faz.

Não fui culpado.
Fui apaixonado.
Ignorado.
Ego ferido.

Não fui culpado.
Fui enganado.
Ignorado.
Coração partido.

Deveras…
Fui um iludido.



Ao meu dito sofredor.
Peço perdão.
Sou animal.Sinto.
Pé no chão.

Termino sozinho
Com a doce tristeza de ter ao menos tentado.



Perco nada além do precioso tempo.
Estou vivo, mas não posso mais esperar.
Vou ali, procurar um novo canto pra chorar.
Esperar e recomeçar.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Houdini




Basta de análises automáticas,
Etérias e não verbalizadas!
Basta!

Basta de amores inúteis vorazes,
Químicos e hiperbólicos.
Basta!

Basta de madrugadas perdidas,
Manhãs coloridas e noites mal esquecidas.
Basta!


Quero rasgar meu coração!

Oh! Qual senão um vexame:
Só tenho dentro piedades,
Sonhos mofados e
Humildades pequenas, servis.

Onde se escondeu minha coragem?



Olhei o tempo passar parado na mesma esquina.

Ninguem me prometeu nada,
Então inventei uma doce mentira.
Um mantra nefasto.
Uma canção de ninar.

Só piedades… .



Onde se escondeu minha coragem?



Se digo que estou pronto, minto.
Se minto, não estou pronto.

Quero verso simples de esperança e Amor.
Quero rasgar meu coração.
Revirá-lo ao avesso.
Lavá-lo com água e sabão.

“Cruzes, o que é isso?
Liberdade pela Vida?
Salvação?

Não! Não!
Isso pode não!”



Só digo o que preciso para ficar mais triste.
Um ano de inverno para depurar minha alma.
Caminhei dantes por caminhos que não poderia,
mas deveria
E sujei meus pés e mãos de pecados alheios que hoje também são meus.

Perdão então peço.
Pelos pecados meus
Pelos seus.



Não minto e estou pronto.
Apenas não me faça pensar.
Apenas vamos começar.


...Uma cachoeira de,
Águas negras, profundas.
Hipnoticas, querem me no fundo de seu lago.
Pulo, não tenho medo.
Se morro,
Estou vivo então… .


sábado, 27 de janeiro de 2018

Fim do Primeiro Ato

 





Quero ter a garantia que vou conseguir para então poder começar.

Um vil coração de homem medroso.
Sonha com garantias eternas de prazer.
Não quer luta.
Quer brisa, refrescos e guloseimas.

Um pândego.
Um glutão.

Um idiota.
Um eterno apaixonado.

Chorei tanto que rompi o dique da mentira.

“Um pândego.
Um glutão.”

Comi tanto que hoje quero deitar e rir do mundo.


Não quero mais a tristeza.
Sofri o suficiente e hoje quero apenas a paz de um texto sem reclamações.
Sem sofrimentos inventados apenas para o advento da defesa da minha preguiça de viver.

Fui o que sempre fui:
Um idiota.
E perdoo-me por isso.

Mas se continuo sendo.
Sou por mim.
E daí tudo é meu, até a culpa de ser quem sou.

Se antes,
Quero alguém que me acompanhe ao fim de toda essa romântica mentira.
Só isso.

Tranquilo, sem raiva.
Sol da manhã.
Chuva da madrugada.
Estrelas na noite perdida.


Qual não foi o sorriso que perdi.
Quem não era antes de agora.

Basta.

Este foi o último rompante.

Quero mesmo rir do mundo.
Quero mesmo rir de mim.

Quero mesmo ser você


Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...