sábado, 27 de janeiro de 2018

Fim do Primeiro Ato

 





Quero ter a garantia que vou conseguir para então poder começar.

Um vil coração de homem medroso.
Sonha com garantias eternas de prazer.
Não quer luta.
Quer brisa, refrescos e guloseimas.

Um pândego.
Um glutão.

Um idiota.
Um eterno apaixonado.

Chorei tanto que rompi o dique da mentira.

“Um pândego.
Um glutão.”

Comi tanto que hoje quero deitar e rir do mundo.


Não quero mais a tristeza.
Sofri o suficiente e hoje quero apenas a paz de um texto sem reclamações.
Sem sofrimentos inventados apenas para o advento da defesa da minha preguiça de viver.

Fui o que sempre fui:
Um idiota.
E perdoo-me por isso.

Mas se continuo sendo.
Sou por mim.
E daí tudo é meu, até a culpa de ser quem sou.

Se antes,
Quero alguém que me acompanhe ao fim de toda essa romântica mentira.
Só isso.

Tranquilo, sem raiva.
Sol da manhã.
Chuva da madrugada.
Estrelas na noite perdida.


Qual não foi o sorriso que perdi.
Quem não era antes de agora.

Basta.

Este foi o último rompante.

Quero mesmo rir do mundo.
Quero mesmo rir de mim.

Quero mesmo ser você


sábado, 20 de janeiro de 2018

Adro






Acho que cansei da poesia.
Ninguém as entende, acham-nas chatas.
Pedantes.

Exibem-se em partes chamadas estrofes.
Perdidas palavras mal compreendidas.
Presas em tais versos sofridos de um famoso mal querer.

Agora já palavras minhas!
Essas coitadas!
Infladas de ego fino e solidão bastarda.


Palavras sinais.
Poesia.
Refugio dos que se acham ímpios.
Merecedores de um não-Amor.

Qual mal querer… ?
Qual solidão bastarda… ?

Apenas palavras.
Apenas poderas palavras.

Pedidos de socorro e perdão.

Estão perdidas aqui,
E lá estão também em minhas frases.
Ditas em dias onde mais perdido estarei que agora.



Estou em fuga do ensaio.
Estou em fuga da ilusão.


………..


Acho que cansei de poesia.
Abstrata como agora não quero ser.
Pedantes.


Caminho batendo testa em postes invisiveis.
Não durmo sonhando com a realidade.
Era dia e não te via.
Era noite e apenas te imaginava.

“Não sonho dormindo a realidade.

Não.
Fora daqui intruso.
Não te quero mais na verdade.
Apenas na ilusão.”


Perco sempre tudo e nunca tive nada.

…….


Não sou uma esfinge.
Não sou um enigma.
Apenas tentei e nunca tive.
Sem abracadabras ou dejavus.


Ando livre pra voltar a errar.
Ando livre pra começar sofrer e amar.


……..



Acho que cansei de repetir
Que cansei de poesia.

Não é verdade.
Até cansei de poesia,
Mas a prosa fica pra outro dia.

…….



terça-feira, 28 de novembro de 2017

Esporte Fino









É sempre um social o baile dos vazios.
 
Meu mundo vai perdendo as cores.
Uma aquarela de sentimentos.
Claros e quase transparentes.

De novo o que espera de mim esse sorriso?
Vem já a dança dos olhos vazios.

Ah! Quanto tempo inútil passa-se assim!
Largado na dimensão da paixão sentida.
E não existida. 

Não estou lá com você,
Nem aqui comigo.


Vou voando, divagando ao vento
Ideias de como para sempre ser.
Ser até o fim.
Uma seta do juízo.

Ser apenas para você gostar de mim.
E fazer - me sofrer
Nessa coisa sem fim.
 
 
Penar.
Tentar.
Acertar
 E chorar.

Inútil não ter nada,
Pior ter a ilusão!
Busco algo vivo, vermelho.
Sangue da paixão sentida.
Uma seta do juízo.

Coragem seria qualquer hora
Acordar!
Aceitar tudo como o que é:
O nada dos escondidos.

Ali ficam os que somem do Amor.
Esperam um dia feliz, de milagres.

Acordar!

Acordar e levantar!
As sete da manhã, dia chuvinha… .
Sem sentir nada.
Tudo calmo.
O nada dos escondidos.

Dia chuvinha!
Tudo calmo.

Esperando você vir.
O nada dos escondidos.





Criança Vegana

          … deu 4 e 70 senhora… obrigado… . …sua sacola rasgou pode deixar que eu vou  ajudar… . …muito obrigado moço… …senhor… . … e como v...