A beleza de seu rosto
Distancia-me de sua alma.
Queria mesmo era o abraço.
Apertado.
Sentir ali, pertinho, o calor do seu coração.
Isso sempre foi pedir demais.
Sempre longe,
Lá longe…
Tento em alguma desesperada fuga de mim,
Pegar em seu braço e partir.
Assim mesmo, sem notas de adeus.
Ou explicações tão inventadas como até do nosso aí
Amor.
Amor.
Amor que apenas a mim sufoca.
Amor que morre e renasce a cada olhar profundo.
A cada riso compartilhado.
A cada segredo inventado.
A cada sorriso negado.
A cada sorriso negado.
Amor de paranoia.
Amor de ilusão.
Somente a mim, como cruz,
Resta sentir o quentume de meu coração
Exagerado.
Bate tanto, pena, que as vezes teimo que explodirá.
Antes sangue,
Jorrará pus de paixões mal curtidas,
Mal matadas.
Mal vividas.
E que não, perdi-me no alento de meu sofrimento.
Sozinho mais uma vez fiquei em meu castelo.
Fugiste!
Covarde!
Não queres pra ti a lama de ternura ou nem ainda
O tal pus da paixão.
Quem nem fedes…
Tens medo de morrer de amores loucos.
Perder-se nos mistérios etéreos por traz de mim.
E eu quem nem sou tão complexo assim.
Apenas li alguns livros russos grossos e bebi cervejas demais
Sozinho.
Sozinho.
Perdoo-te.
Devo confessar-lhe que minha necessidade dura menos que meu desejo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário