O Tratado da Esperança
Dirão que fui
fraco.
Dirão que deveria
ter feito outra coisa.
Dirão que nunca
mereci o que tive.
Dirão até que o
fim pra mim é pouco.
Não podem julgar –
me,
Isso sim. Oh! Pobre
semi-humanos.
Meus pecados
ignoram.
Tomam – me por
eles:
Amados e sempre
justificados em seus desejos dispensáveis.
Assim é simples,
Viveremos motivados,
Estimulados,
Impulsionados pela
patética vida comum
Que nunca tive.
Basta.
Um trago de
dignidade tomarei.
A verdade é que
tentei e não consegui.
Há tempos que
deveria ter a humildade de ter aceito
Não o erro
E sim a nova chance.
Fico se disseres.
Vou novamente se
ordenares.
Devo minha liberdade
À minha vida.
Deixo o que comigo
Não vai, não se
encaixa.
Sem nada, sem peso,
A Lua não me
assusta com seus sussurros.
Diz lá que ainda há
esperança.
Mas sem pressa,
Com a malícia do
passado.
E a coragem para
expurgar o coração.
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