Me arruma um cigarro?







A Solidão é para nós,
Os miseráveis!
Afinal, o que temos? Apenas
A noite e seu sopro hostil,
Sai vasculhando os fracos de vontade.

Então, errado estou!
A solidão não é para nós,
Somente aos miseráveis, esse galardão!

Findado o sopro da Terra,
Poeira, folhas secas e lagrimas de sonhos esquecidos
Se foram, já, com aqueles que apenas querem a brincadeira.
Fogem como ratos.
Trancam - se e fingem que seu prazer foi deliciado com o girar da chave.

Ficamos nós, os miseráveis!
Não posso deixar de ser.
Sofremos e não somos livres.
Vivemos atrelados à uma ilusão.
Todos.

Fantasia de um mundo onde não haja tristeza.
Perdido em horas escuras
Vagueando
Divagando com sombras, zumbis e princesas depostas de um trono qualquer.

Ou não…

Quase sempre vejo a penumbra
Num banco de praça, sentado.
Ao meu lado, não sei quem estás.
Penso que um anjo.
Etério e tenro.
Piedoso como uma cantiga infantil.

Já que ai estas
Amoleça meu coração.
Não peço paz,
Essa também é para os fracos.
Quero vida e madrugada
Quero vida depois das duas da tarde.





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