meio do fim - Irmãos Kraiser
Já estava no seu terceiro dia sem comer. Não sentia fome apenas
quando estava triste. E não se sentia triste, antes com muita raiva dela. Já fazia
duas semanas que Betina não atendia seus telefonemas. Será que ficou chateada
com a estória do emprego?
Ta bem! Diria a ela que não gostava do seu chefe (tinha que
frisar!), mas que aceitava tudo dela. Queria falar muito mais e esquecer o ciúme,
mas ela não respondia...
Meu deus, onde estava Betina...
Quase rachou com eu gol quadrado em um muro nesta mais uma divagação
sobre.
...devo firmar a mente.
– pensou...
Quando chegou a casa onde morava na época, notou a luz da
sala acesa e por mais nas nuvens que tivesse, não tinha deixado a luz acesa. Já
tudo tão caro e não tinha dinheiro... . Parou o carro duas casas acima e desceu
com seu taco de basebol, que carinhosamente tratava de Chico – Doce e foi ate o
portão.
Tirolês,
seu cachorro, que levava esse nome em homenagem ao saudoso e único super-herói:
Chapolim Colorado, estava tranqüilo: veio pulando em sua calça como tanto
odiava. Ao abrir a porta com o taco em punho, não viu nada mais alem de sua
sala comum e uma carta sobre o sofá.
Após a leitura não sabia como que Betina não seguira a
carreira de escritora.
Era o cúmulo da
desordem! Eu conhecia Sr Kraiser de um brinde e sei que quer ser meu patrono e não
havia nada de estranho e agora ela quer-me dizer que foi pelo que entendo, aduzida
pelo Sr Isaac.
Digna de Oscar!
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