A esperança vem sempre acompanhada do medo. Não o de fracassar, talvez o medo indefinido de não merecer.
A culpa por ser feliz.
Até dizer essa palavra, soa como mau agouro, quase uma praga.
Nesses tempos correntes, errado é ser feliz.
Os que ousam sorrir, não prejulgar e quiçá amar, são engolidos pelo turbilhão da vida prática e, coitados, refugiam - se na loucura das drogas, sexo, religião, dentre outras várias. Essas, faces de uma mesma situação interna: Solidão.
Solidão de não se reconhecer em nada e em ninguém e com máscaras viver sendo alguém que não exatamente seja falso, antes e apenas também é parte de si mesmo.
Porém apenas uma parte.

