domingo, 6 de julho de 2025

Criança Vegana

 

 
 
 

… deu 4 e 70 senhora…

obrigado… .


…sua sacola rasgou

pode deixar que eu vou 

ajudar… .


…muito obrigado moço…


…senhor… .





… e como você está F.?

estou bem, graças a Deus e 

você?


Bom também!


F. filho do Oripão.

Oripão gente boa!


Isso tu herdaste dele.


Será? … .


De nada.



Lembrei de você meu pai.


Ideia de terceiros, vindas ao acaso não acaso.

E sem vergonha digo que senti-me sim orgulhoso

Pela tão peculiar análise.


Somo iguais será?

Afinal?

Essa vontade de não e não 

É sua

Então?



Glórias e recomendações 

Ao seu mundo etério.




Senti - me também pertencido.

Captado pela imaginação de existência.

Um pensamento intrusivo que então

Proferira:


Sinta - se feliz.





Mas não é assim.


É cru.

É duro.

É seco.


É sem sal.


Não há suculência


Tem a boca-amarrando de todos.

O açúcar vencido do amor minúsculo

Sem gosto.


Poroso.


sexta-feira, 18 de abril de 2025

O luto das flores

 

 


 

 

O erro similar.


Conhecido.

 Ocular.


Opinativo.

Eloquente.


Impelido pelo fracasso do Amor.


Nascente.

Opressivo.


Incluído pelo pelo Furor.

Esse apenas.

O Furor sentido e real.

Aquele que tudo quer e talvez

Quase tudo pode.


Um quase-fogo da Alma.





Abandonar essas asas negras, 

Cobertas de cinzas de vidas passadas.

De lutas que lutei.

Lutei e perdi.


Lutas ocas. 

Arrependidas.

Pedidos escusos à Lua.

Se não ouvidos,

Ao menos não atendidos.

 

domingo, 25 de agosto de 2024

What if

 

 



Fumaça.



Fumaça e 

fumaça.


Um pouco de fogo.

E mais fumaça.


…..




Lá se vai um anjo… .



Será anjo?



Não é anjo,

É mais fumaça.



Quero sonhar ser o tal anjo

Mesmo sendo de fumaça.


E que seja fumaça de um anjo… .

Ou um anjo feito de fumaça.


E dê me licença por

Me enganar.




Tive a pretensão de existir

Oras,

e quanto tempo perdi?


E ainda perco.





Lá se vai o  anjo … .




Será anjo?



Não é anjo,

É fogo!



Cheiro ardido de cinzas

Não apagadas.


Velhas Verdes

Caídas.

Vencidas pelo fim do mundo.



Morcegas enraizadas.

Sugando o que as resta

Desta Terra Morta.






Será um anjo?

Não.


Não é um anjo.





É a Morte.

É o começo do Fim.



É tudo aquilo 

Que você não quer saber.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

README


 

 

Agora há um desespero

de noite inteira a dia suado.

Engordurado.

Não comunicado.


Tendo sempre a não lembrar do Nada.

Esquecer que um absoluto vazio há.

Mas lá vem

ele.

À noite.

Sempre à noite.


Desespero.




O que será de mim

Sem mim?


Que será quando eu a mim for

Na canoa do etério?

Qual poeira deixarei?




A Morte ronda – me.

Numa espiral

Esfumaçada e impregnante.


Qual será a próxima?

Qual conhecido do conhecido

Partiu hoje?


Qual irá amanhã?







Qual seria a alegria, 

minha?

E onde será?

E qual dia?


Tentei acalmar a mente,

Aceitar a solidão

E o fim do mundo. Mas


Sou escravo de antigos desejos.

 

Não me peço.

Não me meço.


Então aí me perco.







__________________________________________________________


Quero as nuvens.

Quero as flores.

Quero o mundo.

Quero meu fim


Tranquilo indo

Ao encontro do Infinito.





________________________________________________________________________


Não sei qual Morte me será:


Se a tal e Indiscreta.

Se a não querida e Vergonhosa.

Se a temida e Dolorida.

Se a descartável e Inesquecivel.


Se a memorável e Desprezível.


Vejo.




Vejo o ao meu redor se queimando.

Todo.

Calor sem flor.

Sem folha.

Mata escura.

Fogo na madrugada.


Fumaça.




sexta-feira, 10 de maio de 2024

Corote

 


Não sei o que houve.

Não sei nem se houve.

Só acreditei em algo aconteceu

E o tempo passou.



Passou muito e tudo.

Passou o que não volta.

E passou também 

O que não vem,

Mais.



Quero mudar 

Sorte a minha.


Mas minha banheira de álcool colorido

Que faz lembrar minha infância

Não deixa.


Não deixa nem pensar.

Não deixa nem sentir.



O que faço com a solidão pensei um dia?



Hoje sei.

Eu me perco nela.

No seu vazio.

Preencho com o álcool que resta de loucura

Daquele dia em questão.



Loucura

a minha paixão.

Chegou.

Ficou e não me abandonou.



É solidão a primeira gosma dos seres humanos.



Nós geramos a solidão.

Como um ser patético.

Um grande hipotético

de quem sempre nos perdemos.




_____________________



Tenho o Sol

Tenho a Lua

Tenho as plantas, 

Ar.

Tenho tudo 


Tenho a Vida 

Tenho a Morte.


Tenho o Infinito.

E mesmo assim sou quase 

Um infeliz.




sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Maldito Kakaroto!

     


Hora vai!

Hora vem!


Seis e meia e

Um bom dia.


E lá vem,

Pavoneante.



Ela!

Novamente.

Persistente.

Colorida.

 

Rebocada. 


Fantasia e Ilusão.




Ora vem!

Ora vão!


Sonhei.

Esqueci.

Pedi.

O que quis por anos:


Você voltando sorrindo.

Você na chuva chorando,

Casual no terminal da sua cidade.

Em pensamentos em dia de chuva e sol.




Quem será você agora?


Qual desespero me espera?




O desespero da triste da Paixão?

sábado, 18 de novembro de 2023

O Sopro do Diabo

 


 

 

 

Você não morreu.

De novo?

Não.



Mais impossível

De tu não-morto.


E bão vivo.

 

E assim mesmo

Não ter valor algum.


É ver que mesmo que vá lá e

Tente voltar.

E ir. 

E voltar.



Fugir e Pular




Você não morreu.







Não ria de mim.



Se meus prazeres não lhe confirmam.

Se meu choro lhe conforta.

Se caí durante um pileque.

Na sua frente.



Não ria de mim.






Seu vulto no sofá me dá Paz.

Não a vulgar,

A etérea.

Invisível.




A calma, 

A translúcida.

A miserável.

A terrível.





Só olhei pro lado

E você sumiu.









Mas não também.



Porque não ririam de mim?

Quem riam, 

que se acabem.




Só quero a brisa fresca da noite.

Que não se apresenta mais.

Restou um sopro

Apenas.

Um hálito quente.

Com cheiro de morte.


Hálito quente do fim do mundo.



Queima qualquer futuro.

Qualquer ilusão.

 

Qualquer solidão.














sexta-feira, 4 de agosto de 2023

O germe do não-ser

 



Não sei.


Só vejo sombras e vontades alheias

Esgueirando no meu dia inteiro.

Arrepios.

Semi-premonições. 


Memórias achadas.

Sonhos perdidos.




Não sei.


Sumi.

Me reparti. 

Me perdi.




Não sei onde estou.

Sonhei demais.

Sonhei aquilo que sonhava que era pra mim.

 

E quem nunca.

Nunca

E nunca mentiu pra si.



Não vou desculpar - me pelo meu coração.



Sinto o cheiro do fim no ar.


Seco.

Atraente.

Masoquista.






Ainda respiro o ar pesado da culpa do passado.


Seria ela minha?

(-Mas nada mais lá

No passado.


Nem mais as lembranças.)








Não vou desculpar - me pelo meu coração.





Senti minha realidade.

E tive medo.

Medo do mundo.

Medo de mim.

Medo de tudo.


Fui covarde.

Abandonei - me.







Sobrevivi?




Não sei, 

Tomara que não.


Espero que alguém melhor esteja aqui.

Cuidado de mim.